terça-feira, 29 de setembro de 2009

Na sequência do meditando deste último Domingo, "...Deus promete valorizar qualquer acção feito por amor. Podemos ser como Ele...", porque não começarmos por aqui? Façamos as crianças sorrir, pois o nosso sorriso depende do delas...haverá mais bela forma de agradecer a Deus?


Um sorriso pode mudar uma pessoa em vários aspectos. Uma pessoa pode mudar a forma de vida de si mesma. Uma criança e um sorriso são dois complementos que se podem transformar num só: a Paz.
Se um sorriso tem a capacidade de mudar totalmente uma pessoa e uma criança pode transformar a sua vida, porque é que não deixamos todas as crianças sorrir para termos um mundo melhor?
Falamos em deixar uma criança sorrir porque nem todas têm o dom de sorrir, algumas têm de chorar. Essas crianças são as maiores vítimas do egoísmo e do orgulho deste mundo cruel.
Se o mundo não deixar uma criança sorrir, podemos dizer que vivemos num mundo triste, porque se uma criança não sorri, quem vai sorrir? Os adultos? Não. Porque os adultos riem-se porque as crianças lhes dão força e vontade de viver e, têm muitos e maiores problemas. Se as crianças tiverem problemas sérios quer dizer que os adultos têm muito mais.
Uma criança com um sorriso pode fortalecer a vontade de viver de uma pessoa doente ou solitária, transformando a sua vontade de morrer numa enorme vontade de viver.
As crianças foram, são e serão sempre a melhor e a maior riqueza que o mundo tem.
Nunca se esqueçam – o sorriso de uma criança pode mudar uma humanidade.

Deixem sorrir uma criança,
Para todo o mundo sorrir!


(Autor desconhecido)

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

MUITO OBRIGADO


Quem vos der a beber um copo de água, por serdes de Cristo, em verdade vos digo que não perderá a sua recompensa, diz Jesus no Evangelho. Qualquer gesto de amor não ficará sem fruto ou sem gratidão.
Contaram-me que em Madagáscar a galinha é tida como o símbolo da gratidão. Porquê?- É que ela por cada gole de água que recebe, ergue a cabeça para agradecer a Deus. Por cada copo de água dos homens haverá uma recompensa mas as galinhas agradecem por cada gota de água. Elas não são muidinhas, são sim reconhecidas.
Há dias alguém tentava compreender a expressão exclusiva da língua portuguesa para agradecer: Muito obrigado. Porquê?- Isto é a abreviatura de uma frase completa: Eu sinto-me obrigado a reconhecer esse gesto durante toda a vida.E há muitas maneiras de agradecer ou de mostrar o nosso contentamento: erguer o olhar, um sorriso, uma atenção, uma simples palavra, ou qualquer gesto espontâneo. Deus promete valorizar qualquer acção feito por amor. Podemos ser como Ele. Por isso rezamos: Vós não precisais dos nossos louvores e poder glorificar-vos é dom da vossa bondade, porque os nossos hinos de bênção, nada aumentando à vossa infinita grandeza, alcançam-nos a graça da salvação.
Meditando para o XXVI domingo do tempo comum- Dehonianos

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

POR DISTRACÇÃO


Todos nós já alguma vez passamos por situações em que distraídos, facilmente nos perdemos, nos desviamos do objectivo, que poderia estar muito claro para nós. Há à nossa volta tantas
coisas que nos desviam a atenção e nos fazem caminhar por onde não sabemos. As seduções do mais fácil, do mais agradável, do mais imediato, acabam por vencer o esforço que temos que fazer para caminhar concentrados e destinados a algo realmente importante. É, muitas vezes certamente, por distracção que nos afastamos do ideal. Poderá também ser deliberadamente que o fazemos: vontade própria, ignorância ou desejo de superioridade e ânsia de poder. Este será um problema mais sério...
Corremos o risco de, para alcançar os fins que desejamos, deslocar todos os obstáculos que encontramos “arrumando-os” ou mesmo de nos aproveitarmos deles para subirmos, subjugar e pisar. Isto também pode acontecer na mesma lógica da distracção que nos aparece sem querermos, mas pode ser também acto deliberado.
Pelo caminho os discípulos de Jesus distraíram-se e foram tecendo comentários impensados... Jesus, atento e consciente, guardava tudo e, certamente, ia pensando em como interpelar aquelas consciências. Foi fácil: o que íeis a falar pelo caminho? Foi toque para chamar à realidade. «Quem quiser ser o primeiro será o último de todos e o servo de todos». Seja o primeiro a acolher o irmão, o mais simples, o mais pequenino, o mais pobre, o menos importante, o que ninguém nota, aquele que não nos vai dar prestígio... É o contrário da lógica humana, é a lógica de Deus, não é a lógica do mundo finito, é a lógica do eterno e perene. Aquele que acolhe o irmão acolhe também Jesus e o Pai que O enviou.

Manuel Joãoin DIÁLOGO 1215

quarta-feira, 23 de setembro de 2009


Cada criança que vem ao mundo nos diz: "Deus ainda espera alguma coisa do homem".


Rabindranath Tagorre

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Um homem perdera a esperança no amor de Deus.
Um dia, enquanto andava pelas colinas ao redor da sua cidade, encontrou um camponês que, ao vê-lo aflito, lhe perguntou:
- Amigo, que cara é essa tristonha que trazes?
- Sinto-me imensamente sozinho.
- Mas eu também estou sozinho e sinto-me alegre.
- Talvez Deus esteja consigo.
- Adivinhou!
- Eu, pelo contrário, não sinto a presença de Deus. Não consigo acreditar no seu amor. Como é possível que Ele ame os homens, um a um? Como é possível que Ele me ame?

- Você está a ver lá em baixo a nossa cidade? - perguntou o camponês. Você consegue ver todas as casas? Você está a ver as janelas de todas as casas?
- Claro que sim!
- Então não perca a esperança! O sol é um só, mas todas as janelas, mesmo as mais pequenas e escondidas, recebem os seus raios todos os dias, logo de manhã. Acho que se você está triste e sem esperança é porque a sua janela está fechada.


(Conto árabe)

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

SERVOS DE DEUS

No filme La Vita è Bella há uma cena em que Guido presta provas para empregado de mesa. Para mostrar que percebe de cortesia, inclina o tronco a 50, 90º e mais. É repreendido pelo tio:
- Pensa nos girassóis. Inclinam-se para o sol mas se vires alguns demasiado inclinados significa que estão mortos! Estás a servir, mas não és criado. Servir é uma arte superior. Deus é o primeiro servidor...

Se alguém quiser ser o primeiro, seja o último e o servo de todos. Talvez para evitar dúvidas, os Evangelhos referem-se nada mais nada menos que seis vezes a estas palavras do Mestre.

Na comunidade cristã, quem ocupa o primeiro lugar deve prescindir de todos os sinais de grandeza. A comunidade não é o lugar apropriado para alcançar posições, para dominar sobre os outros, para se impor. É o lugar onde cada um, conforme os dons recebidos de Deus, celebra a própria grandeza servindo os irmãos.
Não há lugares altos ou baixos, mas a justa dimensão, que nos define diante de Deus e dos homens. A importância do lugar está em ocupá-lo bem. Não é o lugar que me eleva a mim, mas eu que elevo o lugar.

O meu lugar é Cristo. Onde Ele estiver, quero estar também.


Meditando para xxv domingo do tempo comum. Dehonianos.




sábado, 19 de setembro de 2009

Sorriso de Deus

Havia um pequeno menino que queria encontrar-se com Deus.

Ele sabia que tinha um longo caminho pela frente.



Um dia encheu a sua mochila com pastéis e sumo e saiu para brincar no parque.

Quando chegou ao jardim, encontrou um velhinho sentado num banco da praça a olhar os pássaros.

O menino sentou-se junto dele, abriu a mochila e ia tomar um gole de sumo, quando olhou o velhinho e viu que ele estava com fome, então ofereceu-lhe um pastel.

O velhinho muito agradecido aceitou e sorriu ao menino.

Seu sorriso era tão incrível que o menino quis ver de novo; então ele ofereceu-lhe seu sumo.




Mais uma vez o velhinho sorriu ao menino.
O menino estava tão feliz!
Ficaram sentados ali sorrindo, comendo pastéis e bebendo sumo pelo resto da tarde sem falarem um ao outro.

Quando começou escurecer, o menino resolveu voltar para casa mas, antes de sair ele voltou-se e deu um grande abraço ao velhinho.

Aí, o velhinho deu-lhe o maior sorriso que o menino já havia recebido.

Quando o menino entrou em casa, sua mãe surpresa perguntou ao ver a felicidade estampada na sua face:

- O que fizeste hoje que te deixou tão feliz assim?

Ele respondeu:

- Passei a tarde com Deus. Sabias que Ele tem o mais lindo sorriso que eu jamais vi?

Enquanto isso, o velhinho chegou a casa com o mais radiante sorriso na face, e seu filho perguntou:

- Por onde estiveste que está tão feliz?

E o velhinho respondeu:

- Comi pastéis e tomei sumo no parque, com Deus. Tu sabes que Ele é bem mais jovem do que eu pensava?


A face de Deus está em todas as pessoas e coisas que são vistas com os olhos do amor e do coração!


Que Deus nos abençoe, e que possamos oferecer a muitas pessoas o sorriso de Deus, que talvez esteja guardado dentro de nós enquanto muitos têm fome e sede d’Ele.



Por isso devemos oferecer, o nosso meu melhor sorriso!!!

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

quinta-feira, 17 de setembro de 2009


Vivemos tempos difíceis, tempos de crise que afectam muita gente. Este clima vai acarretando preocupações. Olhando à nossa volta e pensando no futuro encontramos perspectivas pouco animadoras. São mais os profetas da desgraça do que os arautos da esperança. Todos, de um ou de outro modo, somos afectados com dificuldades de vários géneros: doenças que se abatem sobre nós, familiares e amigos, problemas financeiros e de falta de trabalho, desgraças e calamidades que pensamos aconteçam longe de nós mas que, por vezes, nos batem à porta. Diante deste cenário carregado e negativo apetece muitas vezes desistir e desanimar.
É de esperança que se necessita: não foi para isto que fomos criados, que existimos e que fomos colocados neste mundo. Foi para sermos felizes. Assim, há que dizer basta a muitas coisas que nos desanimam e incomodam. Há que nos fazermos fortes para espantar todo o pessimismo que entremeia a nossa vida. Jesus diz a Pedro:”Vai-te Satanás” como quem está disposto a enfrentar a realidade, sem fugir dela, para a vencer e a dominar.

Mais do que palavras de alento e de esperança temos que viver e agir para transformar a nossa vida e vencer todos os gigantes que nos amedrontam e nos tornam cada vez mais presos à materialidade de que fomos feitos e nos afastam do objectivo para o qual existimos. Mais do que o conforto de palavra amigas e de esperança, de orações e piedades distantes da realidade e de espiritualizações vazias, precisamos de agilizar a nossa fé e actuar numa transformação real de tudo quanto nos afasta do bem e do ideal: renunciar e tomar a cruz, isto é, não deixar que o pessimismo tome conta de nós e tudo fazer, até dar a vida, se necessário for, para alcançar a vitória sobre o desalento e o desânimo.

Manuel Joãoin DIÁLOGO

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Os homens estão sempre dispostos a coscuvilhar e a investigar sobre as vidas alheias, mas têm preguiça de se conhecerem a si mesmos e de corrigirem as próprias vidas.

(Santo Agostinho)

terça-feira, 15 de setembro de 2009

PROCURA-SE CRIANÇA...


Procura-se criança desaparecida!!! Criança que foi vista, pela última vez, dentro de nós mesmos, há muitos anos. Ela saltava, ria e ficava feliz com brinquedos velhos. Usava chupeta, jogava pião, brincava na chuva, corria nas calçadas, subia ás árvores. Vibrava quando lhe ofereciam brinquedos novos. Dava vida a latinhas, soldadinhos de chumbo, bonecas. Brincava aos médicos, era enfermeira ou paciente. Coleccionava pedrinhas, figurinhas, devorava ovos de Páscoa. Ah! escrevia cartinhas para o pai natal. Soltava balões e brincava ao "passa anel". Batia palmas no circo, adorava animais, brincava à roda, ficava feliz quando se empanturrava de sorvete. Ela se emocionava ao ouvir histórias contadas pela mãe ou quando lia aqueles livrinhos de pano que a madrinha lhe dava. Fazia beicinho quando a professora a colocava de castigo, mas era feliz com os seus amigos, a sua pureza, e a sua inocência. Onde ela está? Para onde foi? Quem a encontrar, avise-nos. Ainda é tempo de fazermos com que ela reviva, retomando um pouco a alegria da infância e deixando a alma dar gargalhadas. Pois, afinal, "ainda que as uvas se transformem em passas, o coração é sempre uma criança disposta a saltar à corda". Para não deixar morrer essa criança que todos temos dentro de nós, deixe-a sair, sonhar, porque isso é uma das poucas coisas que não custam nada.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

E vós, quem dizeis que eu sou?


Quem dizem os homens que é Deus?
A resposta que se segue foi recolhida pelo saudoso Pe. Dr. Angelino Barreto, que tomo a liberdade de repetir:
Para muita gente, Deus não passa de uma bengala. E o que é uma bengala?
Para os idosos é uma terceira perna, que muito ajuda na velhice.
Os da segunda idade dizem que é um objecto de luxo e daí o procurar uma bengala de material precioso.
Para os jovens a bengala é objecto supérfluo, inútil e sinal de velhice.

Assim muita gente vê em Deus um auxílio nas suas necessidades e diz que rezar é para velhos. Outros vêem em Deus um sinal de bom tom, que ajuda a resolver alguns problemas da vida. Aceita-se este Deus como luxo enquanto ajuda a obter certos objectivos.
Os jovens acham a ideia de Deus como uma coisa supérflua, inútil e, porque pensam que Deus é isso, repelem-no.

Que concluir? Todos falam de Deus. Diante dele ninguém fica indiferente, todos tomam posição. Uns louvam, outros condenam. Ele é sinal de contradição. Mas o mais importante não é o que os outros pensam mas o que eu penso, o que tu pensas. Perante Cristo urge uma resposta pessoal, que nos marca e compromete.
E para ti, quem é Jesus Cristo?

Meditando para o XXIV domingo do tempo comum
Pe. José David Quintal Vieira, scj
davidvieira@netmadeira.com


sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Ajuda-me
Amor, Deus meu,
a sintonizar em cada dia
o meu coração
com o teu querer...



quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Para reflectir...


Um velho índio descreveu certa vez em seus conflitos internos: "Dentro de mim existem dois cachorros, um deles é cruel e mau, o outro é muito bom e dócil. Os dois estão sempre brigando..." Quando então lhe perguntaram qual dos cachorros ganharia a briga, o sábio índio parou, reflectiu e respondeu:

"Aquele que eu alimentar".

quarta-feira, 9 de setembro de 2009


A linguagem humana é essencial na comunicação. Possui uma variada gama de sons, timbres, tonalidades, pausas e acentos. Normalmente é acompanhada por gestos expressivos. Por vezes nem são necessárias palavras: é suficiente um olhar, um abraço, um simples gesto. Porem, geralmente, as palavras são essenciais. A palavra revela aquele que a pronuncia, é laço de comunicação humana, unifica ou desintegra.
O ouvir e o falar são necessidades vitais do homem. Na primeira leitura deste Domingo, o profeta e o poeta Isaías usa a palavra feita profecia para nos apresentar a prova de que Deus está perto do homem: "Os olhos do cego abriram-se, os ouvidos do surdo abriram-se, o coxo saltará como o cabrito, a língua do mudo cantará". Aquele que É faz milagres. Precisamente no Evangelho narra-se um milagre simples de Jesus: faz ouvir e falar um surdo-mudo. Este gesto de Jesus não tem nada a ver com magia, mas, como todos os milagres, está ao serviço da fé: Jesus abre primeiro o coração daquele homem, para que depois possa ouvir a mensagem e falar das maravilhas de Deus. O primeiro milagre e oculto é abrir o coração.
Todos sabemos que "não há pior surdo do que aquele que não quer ouvir". Na nossa sociedade e nas nossas comunidades cristãs necessita-se também do milagre colectivo de que Deus "abra os ouvidos e solte as línguas".
O testemunho cristão é hoje mais necessário do que nunca. Cada um de nós terá que abrir os seus ouvidos à mensagem de Deus e, sobretudo, soltar, a nossa língua com valentia para falar de Deus abertamente. Há entre os cristãos, especialmente naqueles que são pessoas públicas, políticos e líderes sociais, muita vergonha na hora de falar de Deus. Não são precisamente mudos, embora se façam de surdos.
Porém, não basta atribuir as culpas aos políticos. Quando falamos de fé, cada um deve pôr primeiro o dedo no seu próprio coração e perguntar-se: estou a fazer-me de surdo? Hoje Deus continua a falar e a mendigar ouvidos que O escutem.

Alfonso Crespo, Diocese de Malaga

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Eu perguntaria, por esta altura, o que foram as férias para ti. Um pouco de tudo isto? Nada disto? Que procuraste? O que encontraste? Que trouxeste? Que tens para dar?

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Deus visto por uma criança de 5 anos



Num infantário, na turminha dos 5 anos, a educadora pede às crianças para fazer um desenho.

Enquanto as crianças desenhavam, a educadora passeava-se pela sala e repara na forma como uma das crianças desenhava.

O que estás a desenhar? (pergunta a educadora)

Deus. (responde a criança)

Mas nunca ninguém viu Deus, ninguém sabe como ele é. (remata a educadora)

Ai não? Então dentro de segundos todos vao ficar a saber como Ele é... (conclui a criança)



O desenho da criança era muito parecido com este.



Deus não tem uma cara com a qual o possamos identificar, mas sempre que olharmos para o outro com os olhos do coração podemos ver lá Deus.


domingo, 6 de setembro de 2009

Fazer cócegas


Os alunos da catequese representaram a cena evangélica da cura de um surdo-mudo.
Quando Jesus se afastou com o homem e lhe meteu os dedos nos ouvidos, aquele, que na representação estava a ser curado, mexeu-se cheio de cócegas e desatou a rir.

Na apreciação da mensagem, um miúdo perguntou, com toda a seriedade:
- Senhor Padre, Jesus também fazia cócegas?
Compreendi a razão da pergunta e corrigi:
- Não foram as cócegas, como nesta representação, que curaram aquele homem. Jesus fala, escuta e vê e por isso retribuiu ao surdo-mudo a capacidade de escutar, falar e ver com toda a dignidade.

Um outro miúdo acrescentou:
- Mas eu já vi uma figura de Deus a fazer cócegas a Adão.
Ao pedir mais informações identifiquei a cena da Criação, na Capela Sistina, em que Miguel Ângelo põe o dedo de Deus Criador a tocar em Adão. Tive que concordar:
- Sim, Deus faz-nos cócegas porque gosta de nós, porque quer ver-nos felizes, a sorrir e porque quer pôr-nos a mexer... São estes gestos de carinho que nos salvam.

Quem me dera que toda a gente sentisse como cócegas todas as intervenções de Deus na nossa vida.

Meditando para o XXIII domingo do tempo comum- dehonianos