quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Se não der nada de si mesmo aos outros, muito pouco de si acabará por valer alguma coisa.
George Allen

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

O meu cume dos quinze anos



Aos quinze anos, sou uma montanha. Sou alta, é difícil chegar ao topo, atingir a minha verdade.
Vejo as coisas de um patamar superior, vejo-as de cima e, daqui, não parecem muito nítidas, são pequenas questões que se tornam grandes problemas para mim.
Julgo-me grande e dona da razão, mas olho em volta… uma cordilheira. Nela há montanhas maiores do que eu que também não conseguem ver as coisas como elas são. Sou inacessível, poderosa, os meus ouvidos estão muito elevados e apenas ouço o que o vento me diz, mas: “por muito que o vento sopre, uma montanha nunca se inclina”. Por isso, não vou deixar que o vento me mude. Apenas a chuva me bate na cabeça e, aí, eu choro. Choro, porque o que vejo ainda se tornou mais turvo e agora não consigo ver. Tantas questões! Tantas intrigas! Tantos medos! Porquê?! Tenho a resposta debaixo do nariz e não consigo ver… ou não quero…
Parece tudo tão fácil, sou grande, tenho razão, sou ou não sou?!...
Mas no fundo, apenas vejo vultos e intrigas, nada é claro. Bolas! Se eu pudesse descer só um bocadinho, mas não! Eu não me vou inclinar.
De repente todo o mundo foi aberto para mim, mas de que me serve isso se daqui nada é claro?! Nada se vê bem ?!
O vento, não me afecta, apenas me sopra aos ouvidos. Não consegue mudar-me!
A chuva, bate-me na cabeça, faz-me chorar e arrasta pedaços de mim. Com o passar dos anos vai fazer-me inclinar. Mas, por agora, vou apenas olhar de cima, seguir a minha ideia e lutar para que o vento e a chuva não me façam descer. Sim!, porque eu já sou grande, sou uma montanha e tenho o direito de pensar como quero. Pena é não conseguir ver bem a razão das coisas e tudo me parecer errado, mas daqui, que posso eu mudar?! Nada, sou inalcansável.
Um dia, haverá chuva e trovões por cima da minha cabeça e eu vou chorar, chorar muito, mas talvez nesse dia eu consiga descer do meu cume e ver bem o que me rodeia. Talvez nesse dia o vento me diga a resposta que tanto procuro. Só espero que a queda não seja muito grande…
Aos quinze anos, sou uma montanha inacessível. O vento não me inclina, a chuva faz-me chorar e rouba pedaços de mim.
Aos quinze anos, sou grande e poderosa, mas tenho tantas questões…
Se calhar devia ouvir o vento e seguir a chuva, mas a queda é muito alta.
Agora, espero pela tempestade que faça descer os meus olhos à realidade das coisas. Mas até lá: “Por muito que o vento sopre, uma montanha nunca se inclina.” Será?...




Sofia Moreira





terça-feira, 28 de setembro de 2010

Em jeito de oração....

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Um rico, sem nome... Um pobre, com nome, chamado Lázaro!




A pobreza e a riqueza, dois quadros de todas as épocas e lugares. Um homem rico. Um homem pobre, com nome, chamado Lázaro. Dois quadros dinâmicos, cheios de contrastes: a vida e a morte, a abundância e a penúria, a satisfação e a miséria... e dentro de ambos os quadros, duas dimensões: a do perto, do aqui e agora; a do longe, além e depois... complementares, mas que transportam o desconcerto do acerto entre a lógica do agir de Deus e do agir humano. O evangelho lucano propõe a questão dos bens do mundo como um desafio-dificuldade à dignidade de cada pessoa como ser chamado à felicidade na liberdade e na verdade do seu agir de todos os dias. E isto, já aqui e agora, mesmo que ainda não seja o definitivo. O relato narra a situação de dois homens, neste mundo, com condições bem distintas e sem possibilidade de superamento devido à indiferença e egoísmo humanos. Um acontecimento, a morte de ambos, passagem que não sendo o fim, altera tudo definitivamente e revela o quadro original. Restaura-se o equilíbrio, o projecto original de Deus, respeitando as opções da pessoa. Verifica-se uma inversão de lugares que pode induzir a conclusões redutoras, pois nem a riqueza é mal em si mesma, há ricos neste mundo que são solidários e partilham e pobres apegados ao nada; nem a pobreza e o pobre significam, automaticamente, um bem e pobre ser uma pessoa boa. Há, com certeza, ricos e pobres íntegros e bons. E tudo porque a relação da pessoa com os bens do mundo não é mero conceito quantitativo, mas fala da relação de prisão ou de liberdade com as riquezas/bens do mundo, fala do humano desencarnado, fechado e indiferente ou do humano divinizado e aberto, que usa os bens do aqui para construir bens da eternidade. Aqui o significado do 'bom combate da fé' (1Tim 6, 12ª) na busca do sentido último da pessoa e de todas as coisas, pois sei que, onde estiver o meu coração, aí esta também o meu tesouro! (cf. Mt 6,21).

P. Francisco José
in DIÁLOGO 1259 - Meditando para o 26º Domingo do Tempo Comum (ano C)
Atenção Catequistas!

As reuniões de volume foram adiadas.

Elas realizar-se-ão nos salões da Igreja Paroquial pelas 21,30h nos seguintes dias:

7º,8º,9º e 10º volumes- 2ª feira (dia 27/9)

4º,5º e 6º volumes- 3ª feira (dia 28/9)

1º, 2º e 3º volumes- 4ª feira (dia 29/9)


É importante a tua presença.





sexta-feira, 24 de setembro de 2010

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Os covardes são incapazes de dar amor ou de reconhecer o valor.
Isto é para os corajosos.
Mahatma Ganghi

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

terça-feira, 21 de setembro de 2010

VIVE COMO AS FLORES


Num antigo mosteiro budista, um jovem monge questiona o mestre.
"Mestre, como faço para não me aborrecer?

Algumas pessoas falam demais, outras são ignorantes.
Algumas são indiferentes.
Sinto ódio das que são mentirosas.
Sofro com as que caluniam".
- "Pois viva como as flores!", advertiu o mestre.
- "Como é viver como as flores?" - perguntou o discípulo.
- "Repare nestas flores", continuou o mestre, apontando lírios que cresciam no jardim.
- "Elas nascem no esterco, entretanto são puras e perfumadas. Extraem do adubo malcheiroso tudo o que lhes é útil e saudável, mas não permitem que o azedume da terra manche o odor das suas pétalas. É justo angustiar-se com as próprias culpas, mas não é sábio permitir que os vícios dos outros o importunem. Os defeitos deles são deles e não são seus. Se não são seus, não há razão para aborrecimento. Exercite, pois, a virtude de rejeitar todo o mal que vem de fora. Isso é viver como as flores!"

segunda-feira, 20 de setembro de 2010


Jesus avisa os discípulos de que a aposta obsessiva no “deus dinheiro” não é o
caminho mais seguro para construir valores duradouros, geradores de vida plena e
de felicidade. É preciso – sugere Ele – que saibamos aquilo em que devemos
apostar… O que é, para nós, mais importante: os valores do “Reino” ou o dinheiro?
Na nossa actividade profissional, o que é que nos move: o dinheiro, ou o serviço
que prestamos e a ajuda que damos aos nossos irmãos? O que é que nos torna
mais livres, mais humanos e mais felizes: a escravidão dos bens ou o amor e a
partilha?
Todo este discurso não significa que o dinheiro seja uma coisa desprezível e
imoral, do qual devamos fugir a todo o custo. O dinheiro (é preciso ter os pés bem
assentes na terra) é algo imprescindível para vivermos neste mundo e para termos
uma vida com qualidade e dignidade… No entanto, Jesus recomenda que o
dinheiro não se torne uma obsessão, uma escravidão, pois Ele não nos assegura
(e muitas vezes até perturba) a conquista dos valores duradouros e da vida plena.



“Deus Pai, único mestre digno de ser servido, nós Te damos graças pela confiança
que depositas em nós; Confias-nos o teu Reino, que é infinitamente mais precioso que
todos os bens da terra.
Nós Te pedimos: pelo teu Espírito, faz de nós filhos da luz, inspira-nos o bom uso dos
bens da terra e a aptidão que convém ao teu Reino”.
Meditando para 25º Domingo do tempo comum do ano c -Dheonianos

domingo, 19 de setembro de 2010

Olá a todos!

A nossa catequese está de volta!
Neste fim-de-semana teve início mais um ano catequético na nossa Paróquia com uma Vigília de Oração aberto à comunidade (sexta feira) e a Celebração de Envio de catequistas com entrega de Pastas, na Eucaristia das 11h na Igreja de Santa Maria.
Portanto meninos, jovens e pais estejam atentos! Brevemente serão cantactados.


Relembramos, para OS CATEQUISTAS, que as jornadas de catequese serão de 21 a 24 de Setembro das 21.30 ás 23h no salão multiusos do Centro Social de Rio tinto. É um esforço acrescido ao nosso dia a dia mas nós, catequistas, sabemos o quanto nos faz falta a formação pessoal em ordem a melhores e mais fecundas catequeses, por isso, não faltem!

Não menos importante é a a reunião de catequistas, por volumes, que se irá realizar no dia 25 de Setembro pelas 16h onde será feita a entrega de guias, materiais de apoio, plano de actividades e planos de catequese.

1º ano- Igreja sala 3

2º ano-Igreja sala 2

3º ano-Igreja sala SPEC

4º ano-Igreja sala1

5º ano- casa paroquial

6º ano-casa paroquial sala 2

7º+8º+9º+10º anos-casa Paroquial sala 3⨪


E a tua presença é indispensável!




Para ti que aceitas ser discípulo enviado pelo Mestre:
Entrega a Missão ao Espírito, é Ele o autor;
Não leves cajado nem alforge... confia NELE;
Não tenhas pressa em arrancar a erva daninha, deixa que cresçam juntos;
os projectos do Pai são insondáveis;
Não sonhes com grandes triunfos.
Basta teres a certeza que o Bom Pastor procura sempre a ovelha perdida;
Não te esqueças que da menor das sementes nasce a maior das árvores;
Crê no poder do pequeno, do simples,
no que apenas se vê mas que cai em boa terra.
Não te fies apenas no olhar,
pois o fermento é pouco mas leveda toda a massa;
Não desanimes e reza:
"Senhor, regarei, cuidarei, para que quando Tu quiseres, recolhas o fruto..."
Deixa que o Espírito realize a sua obra...
...entrega-LHE apenas a tua disponibilidade e esforço.


(Desafio à entrega feito na vigília de oração)


sexta-feira, 17 de setembro de 2010

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Obrigado Pai, por me conheceres tão bem e por saberes que quero fazer o bem mas que sou limitado. Obrigado por me aceitares como sou e com o que fiz (que para mim me parece tão pouco). Obrigado pelos teus ombros fortes e seguros e por me deixares estar neles.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

PENSAMENTO


Não existe o esquecimento total: as pegadas impressas na alma são indestrutíveis.

(Thomas De Quincey)

terça-feira, 14 de setembro de 2010

O OVO DE COLOMBO

Conta-se que em uma ocasião, Cristóvão Colombo foi convidado para um banquete onde lhe haviam designado, como é natural, um lugar de honra.
Um dos convidados era um cortesão que estava muito enciumado com o grande descobridor,e, quando teve a oportunidade, dirigiu-se a ele e perguntou-lhe de uma forma um tanto impertinente:
-Se você não tivesse descoberto a América, por acaso não existem outros homens na Espanha que poderiam fazê-lo?
Colombo preferiu não responder directamente àquele homem.

"Levantou-se, pegou num ovo de galinha fresco e convidou a todos os presentes que tentassem colocá-lo de forma que se mantivesse em pé sobre um dos seus extremos".
A ocorrência teve bastante aceitação. Quase todos os presentes entraram logo naquele jogo e tentaram um após o outro, uns com mais, outros com menos convicção, ante o olhar atento dos demais. Mas passava o tempo e ninguém conseguia descobrir a maneira de conseguir que aquele ovo danado mantivesse o equilíbrio.
Finalmente Colombo pôs-se de pé, com ar solene, aproximou-se, pegou o ovo e bateu-o levemente contra a superfície da mesa até que quebrou um pouco da casca de uma das pontas e graças a este pequeno achatamento o ovo manteve-se perfeitamente na posição vertical.
-Claro que desta maneira qualquer um pode fazê-lo! – Replicou um pouco alterado, o cortesão.
-Sim qualquer um. Mas "qualquer um" que se lhe tivesse ocorrido fazê-lo. E acrescentou:

- "Uma vez eu mostrei o caminho ao Novo Mundo", "qualquer um" poderá segui-lo. Mas "alguém" teve antes que ter a ideia. E "alguém" teve depois, que decidir-se a colocá-la em prática.

Esta velha e conhecida anedota tem ultrapassado os séculos e levado a formar a expressão de "O Ovo de Colombo", para referir-se a soluções aparentemente muito naturais, sim, mas... "Alguém teria que ter pensado nelas, e alguém depois teve que decidir-se a fazê-las".

Muitas transformações importantes nas pessoas, nas empresas, nos clientes, no mundo do pensamento, ou na sociedade em geral, tem sua origem em descobertas naturais, simples, das quais "alguém" tem sabido tirar proveito. Alguém que soube tirar partido do óbvio, a estas verdades, às que todos temos acesso.

E lembrem-se, apenas PESSOAS como vocês e nós, podem fazer estas coisas simples, naturais.



segunda-feira, 13 de setembro de 2010


O segredo do cristão consiste não somente em reconhecer seu pecado, mas também em abrir-se à misericórdia de Deus, assegura Bento XVI.

Esta foi a mensagem que o Papa deixou aos peregrinos que lotavam o pátio da residência pontifícia de Castel Gandolfo, ao meio-dia de Domingo, para rezar com ele a oração mariana do Ângelus e escutar suas palavras de comentário ao Evangelho de hoje, no qual Jesus apresenta as três “parábolas da misericórdia” de Deus.

Quando “fala, nas suas parábolas, do pastor que vai atrás da ovelha perdida, da mulher que procura a dracma, do pai que sai ao encontro do filho pródigo e o abraça, não se trata apenas de palavras, mas constituem a explicação do seu próprio ser e agir”, reconheceu o Pontífice, citando um dos temas centrais do seu pontificado, o amor de Deus, exposto em sua encíclica Deus caritas est.

“De fato, o pastor que volta a encontrar é o próprio Senhor que carrega nos ombros, com a Cruz, a humanidade pecadora, para redimi-la”, afirmou, recordando que o mesmo aconteceu com o filho pródigo.

“Queridos amigos, como não abrir nosso coração à certeza de que, ainda que sejamos pecadores, somos amados por Deus?”, perguntou-se o Papa.

E respondeu: “Ele jamais se cansa de vir ao nosso encontro, de ser o primeiro em percorrer o caminho que nos separa dele”.

As palavras do Papa foram um convite à confiança, recordando a oração de Moisés no Êxodo, quem, “com uma súplica confiante e audaz, conseguiu, por assim dizer, tirar Deus do trono do juízo e colocá-lo no trono da misericórdia”.

“O arrependimento é a medida da fé e graças a isso se retorna à Verdade.”

Por isso, concluiu, desvelando o segredo do cristão, “só a fé pode transformar o egoísmo em alegria e voltar restabelecer as relações adequadas com o próximo e com Deus”.

Meditando para o 24º Domingo do tempo comum

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

ABC DOS VALORES

Que o(a) ...

A MOR una as pessoas.
B ONDADE seja constante em nós.
C ONFIANÇA em Deus e no homem seja infinita e sem reservas.
D IGNIDADE volte a ser valorizada.
E NTUSIASMO esteja presente nos nossos actos.
F ELICIDADE renasça em cada coração, em cada lar.
G ARRA de viver esteja em nós destrua e a ganância.
H UMILDADE e honestidade possam ser constantes no nosso dia-a-dia.
I GUALDADE permaneça em nós e destrua todas as formas de preconceito.
J UVENTUDE esteja na nossa vida e em força.
L IBERDADE seja vivida com responsabilidade.
M ORALIDADE e os bons costumes nos cerquem sempre.
N OBREZA da alma esteja espelhada no olhar verdadeiro e não manipulado.
O PTIMISMO nos faça cada dia mais fortes.
P AZ seja uma promessa de vida presente em todos os momentos por todos os povos do planeta.
Q UIETUDE mostre a presença de Deus.
R AZÃO seja mais uma vez seguida por todos.
S ONHO nos faça renascer e brilhar como seres humanos.
T ERNURA volte a encontrar morada no coração dos homens.
U NIÃO seja a força da vida e não da morte.
V ERDADE esteja nos nossos lábios todos os dias.
Xis da questão seja este: sejamos nós construtores de um mundo melhor e mais fraterno, mundo em que cada um
Z ELE pelo seu “eu” e , assim, será a cada dia um pouco melhor!!!

Adaptado

terça-feira, 7 de setembro de 2010

segunda-feira, 6 de setembro de 2010



Prestes a começar o ano lectivo, o divino Mestre, Jesus de Nazaré, sem
nenhum centro escolar aberto, nem quadro electrónico na sala de aula,
ensina multidões, no caminho! O tal caminho, que O levará até à Cátedra
da Cruz, em Jerusalém, onde nos ensinará, ao vivo, a sabedoria do amor!

De modo simples, Jesus descreve, na tábua rasa dos seus seguidores, duas
parábolas! Como quem desenha, «preto no branco», duas imagens
sugestivas, antes da nossa partida e da nossa aventura com Ele!


A primeira imagem, cujo protagonista é um construtor, destina-se a
evitar um erro de cálculo e a prevenir o risco de passarmos a vida a fazer
torres no ar, com obras começadas e nunca acabadas!

Na segunda imagem, a do rei que se prepara a guerra,
Jesus deixa claro: o discípulo, que combate pela fé, não
pode aventurar-se a uma luta tão desigual, neste mundo, se não está
munido de forças espirituais, que ultrapassem a sua natural fraqueza! Este
precisa de “sentar a considerar se é capaz” de enfrentar as lutas e as
batalhas da fé, que tem pela frente! O discípulo deve examinar, com
realismo, o seu equipamento interior, verificar a sua bagagem espiritual,
para ver se “tem pernas” para lá chegar e vencer!

São afinal, três lições práticas, para o seguimento de Jesus e para
qualquer aventura espiritual, neste início de ano lectivo e pastoral:
constância, realismo e audácia. A audácia faz precisamente o justo
equilíbrio entre a presunção de quem se julga capaz de tudo e a timidez de
quem não é capaz de fazer nada! Muitas vezes perdemos algumas
batalhas da nossa vida, porque nem sequer nos roça de perto o desejo de
as combater! Consideramo-nos derrotados, à partida!


… às vezes, e erradamente, adaptamos e reduzimos os altos
ideais às nossas poucas forças, contentando-nos então com bem pouco,
como quem diz: “Já que sou assim tão fraco, o mínimo bem me basta”.
Ora a audácia leva-nos à atitude contrária: a de adaptar as nossas forças à
altura e à grandeza dos nossos ideais, como quem diz e se decide: «já que
desejo isto, vou rezar mais, lutar mais, batalhar mais, esforçar-me mais,
sacrificar-me mais, estudar mais, renunciar ao que for preciso, para
alcançar tal objectivo». Nesse caso, isto é, se queremos algo de belo e
grandioso para a nossa vida, podemos abeirar-nos de Deus, apesar da
nossa pobreza! E Ele afiançará os nossos projectos, dando-nos o seu
Espírito Santo, a sua sabedoria, a sua força e a sua graça, para os levar a
bom termo e fazer de nós mais do que vencedores!

Eis-nos então diante de mais um ano, na escola, na paróquia, no
trabalho, continuando e aprofundando o seguimento de Jesus! É mais
uma fase da empreitada, para quem quer edificar uma vida a sério, com
Cristo! Ou é mais uma batalha, para quem luta e deseja vencer!
Jesus pede-nos que deitemos contas à vida, mas que deixemos à porta o
medo e tudo o mais que nos pesa. Nesta construção e nesta luta de cada
dia, na Escola, na Igreja, no trabalho, em casa, Ele está a desafiar-te, com
humana e divina audácia: «Entra, tens aqui um lugar»!



Meditando para o 23º Domingo do tempo comum.

Pe. Amaro Gonçalo-ABC da catequese