sábado, 17 de julho de 2010

FÉRIAS COM JESUS




Este nosso cantinho de encontro e partilha vai abrandar o "passo" pois as férias espreitam e a distância fisica aumenta, mas estamos certos de que em Jesus continuamos unidos e presentes.

Até breve



Obrigado Jesus por este ano de trabalho.
É bom conhecer-Te. És mesmo especial… Estás sempre disponível para os outros.
Acho que nos damos bem.

Queria tanto levar-Te para férias. Vens comigo?
Acho que cabes. A nossa casa não é muito grande, mas há sempre lugar para Ti.

Vamos os dois mergulhar no mar azul, baloiçar com as ondas, se calhar até vemos peixes, que Tu tanto gostas.

Também podemos fazer castelos na areia.
Ajudas-me Senhor? É porque assim as ondas não os levam, porque nada acaba com o que Tu constróis.

Queres ser da minha equipa de futebol?
Sabes, é que contigo ao meu lado eu ganho sempre…

Tenho a certeza que os meus amigos vão gostar de Ti. Vou apresentar-tos todos e vais estar sempre no meio de nós.

E à noite, quando ouvirmos as cigarras e as rãs a coaxar no lago, rezamos juntos e adormecemos em paz…

Estou tão contente Senhor!

Que bom que vai ser ir conTigo de férias!




O que fazer com a nossa grandeza?



Já tenho escrito, algumas vezes, sobre a grandeza das nossas vidas. E é verdades que somos grandes. Talvez por isso sejamos tão sensíveis à beleza e à perfeição. Desejamos ser muito. Desejamos ser o que queremos ser ou aquilo que nunca fomos. Queremos ser pessoas de abertura e de transparência. Desejamos e apreciamos a grandeza da vida. Mas, no meio dos nossos sonhos tropeçamos no mal que não queremos. E vivemos em luta ou em tensão, entre a verdade dos desejos e o limite das acções. E desanimamos, porque não sabemos quem somos: se aquele que diz diante de Deus “desejo-te e desejo o mundo” ou aquele que durante o dia tropeça onde não esperaria. Afinal, qual destes sou eu? Estás nos dois lados. No lado da grandeza e no lado da fragilidade. E estando nos dois, serás uma pessoa inteiramente verdadeira e completa. A grandeza da vida não diminui com a vida quotidiana feita de passos e missões pequenas. Levantar-me todos os dias de madrugada porque o meu filho chora, pode ser maior do que aquele que ao dar uma palestra levanta e move eficazmente um auditório. Tudo depende do amor que ofereço. E portanto, quando falhes ou quando tropeces, ou quando te sintas pequeno, nunca penses mal de ti. Mas, encontra-te com Deus mostrando-lhe que a tua verdade não consegue avançar sozinha. Mas, nunca desconfies nem desistas da beleza e da grandeza dos desejos que passam por ti. Basta que avances durante o dia, com aqueles passos pequenos próprio daquele que tem um coração grande.



Nuno Branco

sexta-feira, 16 de julho de 2010

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Abraçados a Ti



Mandaste-me, Amigo Jesus,
amar os outros,
como Tu nos amaste,
quer dizer,
até ao fim, até ao fundo,
dando tudo
e sacrificando-me por eles,
dando-lhes o primeiro lugar,
e sendo eu a dar sempre o passo
primeiro do perdão e da paz.

Reconheço, Amigo Jesus,
que é um mandamento muito difícil,
mas um mandamento extraordinário,
que nos alegra,
que nos faz felizes,
que nos une uns aos outros.

Amar os outros como Tu, Amigo Jesus,
é difícil, custa muito,
mas, CONTIGO, Amigo Jesus,
é possível,
porque Tu nos amas muito, muito,
muitíssimo...

quarta-feira, 14 de julho de 2010

segunda-feira, 12 de julho de 2010


Não tinha portagens, nem o 112 funcionava por ali, para responder a qualquer emergência. O traçado da estrada, que vai de Jericó a Jerusalém, é sinuoso e arriscado! Mas vinte e sete quilómetros chegaram para mostrar duas direcções diferentes, no mesmo caminho:

1. Primeiro, a direcção circular dos que giram e vivem a partir de si e para si, seguindo espontaneamente os seus desejos, projectos e instintos. É o caso dos ladrões que vêem no homem caído apenas um objecto a acrescentar à sua riqueza… ou o caso dos sacerdotes e levitas que vêem no homem meio-morto, pouco mais que um dejecto, com quem não vale a pena sujar as mãos. Todos estes vêem o pobre Homem a partir de si. E é porque vêem
assim,que passam ao lado. Estes só conhecem o sinal de sentido único: o do seu próprio interesse e satisfação!

2. Ao contrário, há um homem que vai noutra direcção: a dos que se vêem e revêem, a dos que vivem, para o outro e a partir do outro. É o caso de um samaritano, que estava de viagem e, por sinal, não ia em peregrinação. Ele chega a Deus, desviando-se, para o próximo. O samaritano não vê primeiro, para só depois se aproximar. Ao contrário, ele aproxima-se primeiro, para depois começar a ver. É precisamente porque se aproxima, que vê e se compadece. Este homem cumpriu a regra principal do código da aliança: o “outro” goza sempre de prioridade, na
estrada da sua vida. Porque «escuta» alguém, na berma da estrada, o bom samaritano dispõe-se a pagar a estalagem, como portagem!
E por isso, podíamos dizer, que a questão ética, do dever, começa por ser uma questão óptica, do ver. Ver os outros, a partir de si. Ou ver-se a partir dos outros! O samaritano olha o outro, mesmo que impotente e caído, já meio-morto e por isso calado, e percebe na sua indigência, um grito que chama pelo seu nome e o responsabiliza.



3. «Vai e faz o mesmo» (Lc 10, 37), disse Jesus. «Façamos então nosso o estilo do bom samaritano» - exortava-nos o Papa, no passado dia 13 de Maio em Fátima, no seu Discurso às organizações da Pastoral Social! E Bento XVI deixou-nos o desafio: «Aproximemo-nos das situações carentes de ajuda fraterna! E qual é esse estilo? «É o de "um coração que vê". Este
coração vê onde há necessidade de amor e age de acordo com isso» (Deus caritas est, 31). Assim fez, de facto, o bom samaritano».

4. Eis uma parábola actualíssima, no contexto de grave crise social, em que vivemos. Há, pela certa, em alguma família, na família de cada um, no meio do bairro ou nalgum grupo da paróquia, da Escola ou da empresa, “situações gritantes”, que ameaçam a estabilidade do casal, a vida de uma família, a existência de um grupo, a sobrevivência de um projecto, ou a falência de uma empresa. Há situações de abandono e de quase morte, sem ruído e sem protesto, que silenciosamente chamam por mim. E “ser” alguém é responder a este grito de salvação, estender a mão. Disto não depende apenas a vida do outro. Depende a minha própria vida também, como disse Jesus: “Faz isto e viverás” (Lc.10,28)!

O homem meio-morto, não está longe, nem apenas a teus pés.
Está perto de ti! Está nas tuas mãos!



Meditando para a 15º domingo do tempo comum. ABC da catequese



sexta-feira, 9 de julho de 2010

quarta-feira, 7 de julho de 2010

O Único Jesus que conheci




«Pregue o Evangelho sempre, se(quando) necessário, use palavras.» - Francisco de Assis

Há alguns anos atrás um prisioneiro branco morreu de ataque cardíaco em Montgomery, no Alabama. Na prisão tivera uma profunda experiência de conversão e construído um relacionamento autêntico com Jesus. O presidiário da cela ao lado, um negro enorme, era cínico. Todas as noites o prisioneiro branco falava por entre as barras da prisão e falava ao seu companheiro sobre o amor de Jesus. O negro troçava dele; dizia que ele estava doente da cabeça, que a religião era o último refúgio dos insanos. Apesar disso, o prisoneiro branco passava-lhe passagens das Escrituras e repartia com ele os doces que recebia de algum parente. Durante o funeral do homem branco, quando o padre falou a respeito da vitória de Jesus na Páscoa, o robusto prisioneiro negro ergueu-se a meio do sermão, apontou para o caixão e disse:"Esse é o único Jesus que eu conheci".


Brennan Manning, in "A assinatura de Jesus"

terça-feira, 6 de julho de 2010

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Ser "Nova Criatura"



Hoje como ontem, no tempo de Paulo, o que tem valor é ser nova criatura (cf. Gal 6, 15b). Numa sociedade cada vez mais conformada, num contexto de uma existência cada vez mais massificada, num mundo sempre mais globalizado e sempre mais escravo de poderes ocultos, numa Igreja marcada pela fragilidade humana dos seus membros e chamada a viver e testemunhar o Projecto de Amor de Deus pelo género humano e por toda a obra criada, o convite de Paulo a ser "nova criatura" soa estranho e, ao mesmo tempo, aparece como sedutor.
Ser homens e mulheres novos significa pegar na Cruz de Cristo, na qual o mundo está crucificado e entregue por Cristo ao Pai e cada pessoa para o mundo (cf. Gal 6, 14), isto é, ser cidadãos do mundo sem lhe pertencer, responsáveis pelas acções realizadas na vida de cada dia, sem perder o horizonte da esperança, profundamente encarnados nas realidades mundanas, mas sempre peregrinos do eterno que nos abre novos horizontes de compromisso e de renovada fé. Trata-se de recuperar a missão de uma nova evangelização das novas realidades do mundo, de todas, sem excepção. A missão na seara do Senhor é imensa e os trabalhadores são poucos (cf. Lc 10, 2a). Os cristãos sentem a vida como vocação, missão e responsabilidade, pois percebem que o dom maior de Jesus a cada um é tomar consciência da tarefa, do sentido-significado da existência humana desde o instante da nossa concepção no ventre de nossas mães até à morte natural. Esta missão, itinerário de vida, está inscrito nas nossas entranhas, não na superfície exterior da pele, mas na profundidade da pessoa, assinalada pelo Espírito de Deus. Cada vida é um desabrochar de uma nova criatura, de um novo e maravilhoso projecto de Deus. A vida lida assim, adquire uma outra prespectiva, possui um novo e renovado encanto. A experiência com um Deus Amor que nos chama e envia a trabalhar na sua seara, o mundo, é desconcertante, até porque nos envia sem grandes equipamentos para a missão. Basta o essencial. E o essencial é Cristo. Os cristãos são chamados a viver a encarnação de Cristo, isto é, a configurarem-se com Cristo e a viver no corpo físico, espiritual e moral da comunidade a presença de Deus. Estamos em missão por conta de Cristo, somos uns para os outros a própria seara, o lugar da missão, o lugar da verdade e da novidade do ser pessoa e estar no mundo como sinal de Cristo.







P. Francisco José
in DIÁLOGO 1255 - XIV Domingo do Tempo Comum (ano C)






sexta-feira, 2 de julho de 2010

quinta-feira, 1 de julho de 2010