segunda-feira, 4 de julho de 2011

A verdadeira alegria


São muitas as vezes que a Palavra de Deus ao longo do ano litúrgico nos convida à Alegria; hoje na oração colecta pedimos mesmo “uma Santa Alegria”. Porquê? a vida corre-nos bem? há novas caras no comando da nau portuguesa? regista-se melhoria da qualidade da vida colectiva? mudou o discurso político ou resolveu-se a crise? nada disto. A Alegria a que somos convidados resulta do contacto com Jesus, que se apresenta simples, humilde e portador de paz na Sua relação com todas as pessoas.


É a experiência de Deus “clemente e compassivo, lento para a ira, rico de misericórdia, carinhoso para com todas as criaturas...” que nos faz soltar a língua para louvar e bendizer e fazer da vida um tempo em que a Alegria e a Esperança, apesar da dura realidade, se colam ao nosso rosto e têm lugar cativo no coração.


A alegria dos cristãos não resulta, então, da acumulação de coisas, nem da satisfação de formas consumistas, antes brota do interior no nosso íntimo mais íntimo, onde é possível experimentar e celebrar a comunhão de Deus connosco e de nós uns com os outros. É esta a fonte da alegria e o segredo do equilíbrio emocional, psicológico e espiritual tão necessário à qualidade de vida nos tempos que correm.


O desafio que Jesus, “manso e humilde de coração”, nos faz, não será nunca convite ao conformismo e à passividade, à demissão de compromissos e fuga à responsabilidade, mas ao cultivo da bondade, simplicidade, humildade e justiça que geram alegria e dão conforto e que fazem de Jesus um líder ímpar, um pedagogo exímio e um portador de paz a toda a prova. Imitá-Lo é de um verdadeiro discípulo; e cada Baptizado pode e deve fazê-lo.






Pe. Fausto
in diálogo 1299 (Domingo XIV do Tempo Comum - Ano A)



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