quarta-feira, 4 de abril de 2012


Adoração ao Santíssimo Sacramento


Chiara Luce: Vida, Amor e Luz derramada na Ponte

Quantas vezes se cai no desespero, se entra em becos sem saída? A resposta de Deus, mais uma vez, parece ser dada de forma simples, humilde e desprezível aos olhos humanos. A resposta é dada ao jeito de Deus.
Na certeza que Deus tem uma resposta e um projeto de vida mesmo quando nos sentimos “pequenos e o caminho a percorrer tão difícil”, os jovens da nossa Comunidade decidiram partilhar com os mais crescidos um momento de catequese. O seu ponto de partida foi Chiara Luce, a jovem italiana beatificada em 2010.
 
Tendo sido um momento preparado por eles, dia 24 de Março, terminada a Eucaristia iniciou-se a solene Adoração Eucarística. Ao jeito de diálogo, foi sendo apresentada a vida desta beata, tão próxima da juventude.
Como nos dizia o Ricardo no fim da Adoração, e em jeito de partilha, “Chiara Luce era uma jovem normal (frequentava uma escola, praticava desporto e saía com os amigos). Somente a sua dedicação aos irmãos na Fé a tornava um pouco diferente da maioria dos jovens.
Para além de viver com radicalidade o Evangelho, ela amava todos os colegas da escola e qualquer pessoa que passava ao seu lado. Um dia, a jogar ténis, Chiara sentiu uma dor pouco comum. Havia sido afetada por um dos mais graves tipos de cancro. Os médicos desde cedo anunciaram que Chiara não tinha muito tempo de vida e, ao sabê-lo, a jovem ficou muito abalada, isolando-se de tudo e todos. Naquele momento, ela podia optar por duas coisas (Dt 30, 15-20): pela Morte (isolar-se, chorar e perder a Fé) ou pela Vida (continuar a amar Deus e a ter Fé). Mas será que, num momento de morte anunciada a curto prazo, Chiara podia optar pela vida?
Sim, e foi exatamente isso que fez. Graças à sua grande determinação, coragem, mas acima de tudo, à sua Fé e amor a Deus, Chiara fez o que quase ninguém faria se estivesse na situação dela. Optou pela vida, mesmo sabendo que estava prestes a morrer. E como? Na situação de desespero em que ela se encontrava, não perdeu a Fé nem o amor a Deus e continuou a amá-lo, assim como a todos os que a rodeavam.

Por fim, o Ricardo concluía dizendo-nos que “independentemente do tempo de vida que nos resta, somos nós que temos de tomar a decisão de amar sempre a Deus, de viver com intensidade o Evangelho e de amar sempre o próximo, pois é isso que nos fará optar, verdadeiramente, pela Vida.”

São exemplos de luz como este que nos ensinam a viver nas dificuldades. Tal como partilhou o Carlos, perante a morte anunciada, Chiara “vivia com radicalidade o Evangelho (…) e, mesmo assim, continuou a amar Deus e a acompanhar os jovens do Movimento Focolares. (…) Depois desta grande caminhada, Chiara acaba por ir para o Céu no dia 7 de Outubro de 1990.”
Hoje em dia, a sua Luz que brilha junto de Deus, é Luz para quantos ainda caminham na Terra. Foi imagem disso a passagem da luz entre todos os jovens presentes. Como nos disse o Padre Garrido que presidiu a esta celebração, mesmo no meio da morte é possível brilhar uma luz. “Uma luz tão forte que chega e chegou até nós, que vivemos tão longe desta moça, Chiara Luce Badano.”

Após a bênção do Santíssimo e do fim das celebrações, houve um lanche partilhado aberto a toda a comunidade. Foi mais um momento de partilha entre todos em que se construiu mais Ponte.
Por vezes torna-se impossível deixar de dar a impressão pessoal. Ver jovens do 9º ano a dar o seu testemunho de Fé, a partilhar o que sentiram nesta Adoração e a falar abertamente perante uma comunidade de adultos sobre o valor da Vida e da adesão a Deus da forma que vimos é inexplicável. Ficou a certeza que, naqueles momentos, eles tinham estado com o melhor dos catequistas: Jesus! Se Deus quiser, o testemunho da Fé, este nosso tesouro, está muito bem entregue a mais uma nova geração. Quanto a nós, resta-nos uma grande tarefa. Resta-nos velar para que continuem nesta descoberta fantástica de um Deus sempre presente.

A resposta ao vosso esforço ficou visível no grande número de pessoas que permaneceram em oração até ao final e no envolvimento que o rosto de cada um revelava. Em nome da comunidade, um sincero obrigado, grandes jovens!


Luis  Gonçalves



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