sexta-feira, 3 de julho de 2015







A Igreja celebra nesta sexta-feira, dia 03 de julho, a festa de São Tomé, Apóstolo. Tomé, ou Tomás, é um nome de origem aramaica, que significa “Gémeo”.
Tomé é, então, o Gémeo, o irmão gémeo. E a pergunta surge rápida e espontânea: gémeo de quem? Irmão gémeo de quem? Nas poucas passagens dos Evangelhos que expressamente o referem, Tomé mostra-se impulsivo e determinado (João 11,16), lógico e prático nas perguntas que faz (14,5), um pouco individualista,
por vezes ausente da comunidade (João 20,24), desvalorizando o testemunho dos outros, e tudo querendo verificar por conta própria (João 20,25). É o famoso «ver para crer». Mas quando vê os seus toscos planos desvendados por Jesus, quando se descobre adivinhado e antecipado por Jesus, rende-se de imediato,
desiste de todas as provas que queria fazer, e pronuncia a mais bela fórmula de fé de todo o Novo Testamento: «Meu Senhor e meu Deus!» (João 20,28).
Ou seja, Tomé é bem parecido connosco em muitos aspectos. Bem pode ser o nosso irmão gémeo. Com ele, podemos viajar do individulismo, da desconfiança, da dúvida, até à fé e ao anúncio ousado do Evangelho. A tradição aponta São Tomé como o evangelizador da Índia.

São Tomé, roga hoje pelos teus irmãos gémeos de hoje.


D. António Couto




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