Esta voz ressoa nos nossos ouvidos, não já nos desertos de areia, mas no deserto dos nossos corações, muitas vezes demasiado desertos de esperança, de alegria, de amor.
Há sempre entre os homens passagens tortuosas que tornam tão difícil a comunhão,
montanhas demasiado altas que impedem de nos vermos,
ravinas demasiado profundas que impedem a reconciliação e a paz.
A voz de João ressoa ainda nos nossos ouvidos, para que a Palavra possa penetrar sempre nos nossos corações. João desapareceu, mas a Palavra, eterna, feita carne, está sempre presente, porque Jesus ressuscitou, está vivo para sempre.
Esta Palavra é dada a nós, hoje. Quando deixamos a Palavra iluminar o nosso caminho e comemos o Pão da Vida – as duas mesas da liturgia eucarística – é Jesus vivo que vem endireitar os nossos caminhos, preencher as nossas ravinas interiores. Então, tornamo-nos porta-vozes da Palavra. Vendo-nos, os homens podem pressentir, pelo menos, a salvação de Deus.
Senhor, ajuda-nos a ser profetas para anunciar que vale a pena viver com alegria e esforço.
Meditando para a 2ª semana do Advento do ano C - Dehonianos
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