terça-feira, 8 de janeiro de 2019


Epifania do Senhor



No passado dia 06 de janeiro, celebrou-se a Missa pela Solenidade da Epifania do Senhor. 

Recordou-nos o Papa Francisco que, a palavra “epifania” indica “a manifestação do Senhor” a todas as pessoas “representadas pelos Reis Magos”, e com a qual culmina o tempo do Natal. 

Diz-nos Francisco a este respeito: “Desvenda-se, assim, a verdade sublime de que Deus veio para todos: todas as nações, línguas e povos são acolhidos e amados por Ele. Símbolo disso é a luz, que tudo alcança e ilumina”. 

Nas palavras de Francisco, todos nós “somos convidados a imitar os Magos” que, do Oriente, viajaram a Belém para se prostrar diante do Menino Jesus, dispostos a tomar outro caminho e a ter “uma abertura radical a Ele, um envolvimento total com Ele”. 

Percebamos que, “os Magos vão ter com o Senhor, não para receber, mas para dar. Perguntemo-nos: no Natal, trouxemos algum presente a Jesus, pela sua festa, ou trocamos presentes apenas entre nós?” 

Esclarece-nos Francisco que, “O Evangelho contém uma pequena lista de prendas: ouro, incenso e mirra. 

O ouro, considerado o elemento mais precioso, lembra-nos que, a Deus, deve ser dado o primeiro lugar. Deve ser adorado. Mas, para isso, é preciso privar-se a si mesmo do primeiro lugar e considerar-se necessitado, não autossuficiente. 

O incenso, simboliza o relacionamento com o Senhor, a oração, que se eleva para Deus como perfume. Ora, tal como o incenso para exalar o seu perfume deve ser queimado, também para a oração é necessário ‘queimar’ um pouco de tempo, gastá-lo com o Senhor. Mas fazê-lo de verdade, e não só em palavras. 

A mirra, unguento que foi utilizado para envolver o corpo de Jesus descido da cruz. É importante que cuidemos das pessoas marcadas pelo sofrimento, de quem ficou para trás, de quem só pode receber não tendo nada de material para retribuir."

Francisco recordou, igualmente, a forma como Deus se manifesta diante dos homens, pois não o fez no palácio de Herodes, em Jerusalém, para onde se dirigiam os Reis Magos, mas “numa casa humilde de Belém”. 

Mais, a Palavra de Deus foi dirigida a João, filho de Zacarias, no deserto, ou seja, a um homem que se retirara para o deserto. 

Ou seja, "Deus propõe-Se, não Se impõe; ilumina, mas não encandeia."

Em jeito de conclusão, Francisco lembrou que “é preciso levantar-se”, como incentivou o profeta Isaías, e “prontificar-se a caminhar”, como fizeram os Reis Magos, e não “como os escribas consultados por Herodes, que sabiam bem onde nascera o Messias, mas não se moveram”. 

Lembrou, ainda, que é necessário que nos revistamos todos os dias de Deus, que é simples como a luz, “até que Jesus Se torne a nossa vestimenta diária”. 

E "para encontramos a Jesus é necessário seguir o caminho d´Ele, o caminho do amor humilde. E, perseverar nele”. 

Francisco concluiu dizendo que somos todos convidados a imitar os Magos. 

"Eles não discutem…, caminham; não ficam a ver, mas entram na casa de Jesus; não se colocam no centro, mas prostram-se aos pés d’Ele, que é o centro”.




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