“Feliz o homem que se compraz na lei do Senhor”
Na última catequese falamos dos livros que constituem a a quarta parte do Antigo Testamento: os Livros Sapienciais.
Os livros sapienciais remetem-nos para a palavra “sapiência” que quer dizer “sabedoria”.
Todos nós precisamos dela – da sabedoria. Não só da sabedoria que adquirimos na escola, mas também daquela que nos é transmitida pelos nossos pais, fruto da sua experiência de vida e dos valores éticos, morais e sociais que pautam a sua vida.
Sem sabedoria não podemos viver, porque faríamos tantas asneiras, que nada nos poderia correr bem. Por isso é que aprendemos tantas coisas. E mais temos para aprender!
Quantas coisas já sabemos sobre a Palavra de Deus! E queremos saber mais e mais, porque quanto mais soubermos, mais felizes poderemos ser e mais felizes poderemos fazer os outros, porque as pessoas sábias sabem o que fazer para ajudar os outros a ter uma vida feliz.
Deste grupo dos livros sapienciais fazem parte os Salmos que, sendo um conjunto de orações, são também um espelho de vida e de moral, uma ajuda na escolha do caminho certo a seguir:
Falamos então sobre o tempo do profeta Ezequiel. Naquele tempo, cerca de seis séculos antes de Jesus, a Palestina, onde viviam os judeus, foi assaltada e invadida por exércitos vindos da Babilónia. Depois de destruírem muitas terras, invadiram a cidade de Jerusalém e destruíram quase tudo, incluindo o templo, onde estava guardada a Arca da Aliança com os Dez Mandamentos, e o povo se reunia para rezar.
E o que é que aconteceu com o povo? As pessoas mais importantes, e muitas outras que não morreram então, foram levadas como prisioneiros para a Babilónia. Entre essas pessoas, foi um jovem chamado Ezequiel, que era um sacerdote do templo.
Deus, que tinha prometido a Moisés que estaria para sempre com o seu povo, tê-lo-ia agora abandonado no meio destas dificuldades? Vejamos a palavra do Senhor, através de Ezequiel, que chamou então para profeta:
1Feliz o homem que não segue o conselho dos ímpios,
nem se detém no caminho dos pecadores,
nem toma parte na reunião dos libertinos;
2antes põe o seu enlevo na lei do Senhor
e nela medita dia e noite.
3É como a árvore plantada
à beira da água corrente:
dá fruto na estação própria
e a sua folhagem não murcha;
em tudo o que faz é bem sucedido.
4Mas os ímpios não são assim!
São como a palha que o vento leva..”
(Sl 1, 1-4)
O salmo fala de duas espécies de pessoas: os ímpios, que são as pessoas que não querem saber de Deus e se comportam contra a sua vontade; e os justos, as pessoas que procuram saber o que Deus quer de nós e depois fazer a sua vontade. Umas seguem por um caminho e as outras por outro.
Os ímpios, aqueles que não querem saber de Deus, são comparados á palha que não serve para nada, desaparece com o vento. Se seguirmos os caminhos de Deus, seremos como as árvores, de que se fala o versículo 3. São árvores que dão fruto e têm folhas sempre verdes.
E que frutos produzem os justos, aqueles que são amigos de Deus?
Frutos de amor, de bondade – o bem que, por exemplo, fazem e que tanta alegria, tanta felicidade traz a quem o faz e às pessoas a quem o fazem.
Mas, para produzir frutos desses, é preciso água. Essa água é a A lei do Senhor: isto é, o que o Senhor nos diz para fazermos.
Podemos encontrar essa Lei do Senhor sobretudo na Bíblia. Por isso é muito importante lê-la e meditar nela continuadamente.
Para guardar na memória e no coração:
“Feliz o homem que se compraz na Lei do Senhor e nela medita dia e noite. É como árvore plantada à beira das águas: dá fruto a seu tempo e a sua folhagem não murcha.”
Boa semana com Jesus, e até Sábado!
Catequese do 4ºano