MARIA, TUDO O QUE DEUS PODE E QUER FAZER EM NÓS


Há devoções, proximidade e orações que dirigimos a Maria, pedindo-Lhe que nos ponha com seu Filho. É fácil vê-La como uma de nós. Na sua fraqueza e valentia, dúvidas e aposta radical. Vemo-La aconchegando a Jesus no presépio e guardando no seu coração o que não conseguia entender. Seguindo Jesus como a primeira dos seus discípulos e, ao pé da cruz, com o coração trespassado mas firme. Sentimo-La próxima dos apóstolos no tempo da espera, dando-lhes confiança, dizendo-lhes, como um dia o seu Filho o havia feito, «não tenhais medo». Precisamos de pôr a nossa vida, repetidamente, nas suas mãos que protegem, cuidam e nos tranquilizam no meio das tormentas que, por vezes, parecem tomar conta da nossa existência.

Maria é a mulher do sim. E nós? Como dizemos sim a Deus? Como perguntamos e fazemos silêncio? O meu sim ao SIM de Deus nunca poderá ser menos que o resultado de um encontro afetivo e inteligente com uma promessa digna de confiança. Maria pronuncia, com inteligência e afeto, cantando, talvez, com profunda alegria o magnificat. A mim, o meu sim ao SIM de Deus leva-me a uma relação única e especial com Ele. E esta relação toma forma também no silêncio, na oração. O silêncio que dá fecundidade às minhas palavras, aos meus gestos. Ao jeito de Maria, que «fixava todas as palavras e as guardava no íntimo do seu coração». Deixando que a minha vida cante!

Afinal, Maria é tudo o que Deus pode e quer fazer em cada um de nós.

Margarida Corsino (Colaboradora da Rede Mundial de Oração do Papa – Portugal)