quinta-feira, 17 de setembro de 2009


Vivemos tempos difíceis, tempos de crise que afectam muita gente. Este clima vai acarretando preocupações. Olhando à nossa volta e pensando no futuro encontramos perspectivas pouco animadoras. São mais os profetas da desgraça do que os arautos da esperança. Todos, de um ou de outro modo, somos afectados com dificuldades de vários géneros: doenças que se abatem sobre nós, familiares e amigos, problemas financeiros e de falta de trabalho, desgraças e calamidades que pensamos aconteçam longe de nós mas que, por vezes, nos batem à porta. Diante deste cenário carregado e negativo apetece muitas vezes desistir e desanimar.
É de esperança que se necessita: não foi para isto que fomos criados, que existimos e que fomos colocados neste mundo. Foi para sermos felizes. Assim, há que dizer basta a muitas coisas que nos desanimam e incomodam. Há que nos fazermos fortes para espantar todo o pessimismo que entremeia a nossa vida. Jesus diz a Pedro:”Vai-te Satanás” como quem está disposto a enfrentar a realidade, sem fugir dela, para a vencer e a dominar.

Mais do que palavras de alento e de esperança temos que viver e agir para transformar a nossa vida e vencer todos os gigantes que nos amedrontam e nos tornam cada vez mais presos à materialidade de que fomos feitos e nos afastam do objectivo para o qual existimos. Mais do que o conforto de palavra amigas e de esperança, de orações e piedades distantes da realidade e de espiritualizações vazias, precisamos de agilizar a nossa fé e actuar numa transformação real de tudo quanto nos afasta do bem e do ideal: renunciar e tomar a cruz, isto é, não deixar que o pessimismo tome conta de nós e tudo fazer, até dar a vida, se necessário for, para alcançar a vitória sobre o desalento e o desânimo.

Manuel Joãoin DIÁLOGO

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