“Um dia quebrarei todas as pontes
que ligam o meu ser vivo e total,
à agitação do mundo do irreal,
E calma, subirei até às fontes.
Irei até às fontes onde mora
a plenitude, o límpido esplendor
que me foi prometido em cada hora,
E, na face incompleta do amor,
irei beber a luz e o amanhecer,
irei beber a voz dessa promessa
que às vezes, como um voo, me atravessa,
E nela cumprirei todo o meu ser!”
Sophia de Mello Breyner Andersen,
Antologia. Porto: Figueirinhas, 1985, p. 37
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