A liturgia do 27º Domingo do Tempo Comum utiliza a imagem da
“vinha de Deus” para falar desse Povo que aceita o desafio do amor de Deus e
que se coloca ao serviço de Deus. Desse Povo, Deus exige frutos de amor, de
paz, de justiça, de bondade e de misericórdia.
O problema fundamental posto por este texto é o da coerência
com que vivemos o nosso compromisso com Deus e com o Reino. Deus não obriga
ninguém a aceitar a sua proposta de salvação e a envolver-se com o Reino; mas
uma vez que aceitamos trabalhar na sua “vinha”, temos de produzir frutos de
amor, de serviço, de doação, de justiça, de paz, de tolerância, de partilha… O
nosso Deus não está disposto a pactuar com situações dúbias, descaracterizadas,
amorfas, incoerentes, mentirosas; mas exige coerência, verdade e compromisso. A
parábola convida-nos, antes de mais, a não nos deixarmos cair em esquemas de
comodismo, de instalação, de facilidade, de “deixa andar”, mas a levarmos a
sério o nosso compromisso com Deus e com o Reino e a darmos frutos consequentes.
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