quinta-feira, 23 de maio de 2019


Dia 22 de Maio - Dia de Santa Rita de Cássia 



Santa Rita de Cássia, a padroeira das causas impossíveis. 

Rita é a abreviatura de Margherita. 

A Santa das causas impossíveis nasceu em Roccaporena, numa pequena aldeia de Cássia. 

Aos 13 anos já sonhava em ser monja agostiniana, mas para agradar aos seus pais, acabou por se casar cedo. 

O homem com quem Rita casou, era conhecido por ter um temperamento bruto e rude, mas graças à sua bondade e à sua fé inabálavel, após muitas orações e pedidos, conseguiu converte-lo. 

Após a morte do pai, os dois filhos do casal - João Tiago e Paulo Maria - quiseram vingar a sua morte e Rita, orou para que Deus tirasse aquele desejo do coração dos seus filhos, confessando que preferia que eles morressem e fossem levados para o Céu, do que ver os filhos cometerem tal crime. Pouco tempo depois, uma peste assolou a região e os dois filhos de Rita adoeceram e morreram. 

Vendo-se sozinha, Rita decidiu ir atrás da sua antiga vocação, tornar-se uma monja agostiniana. 

A sua entrada no mosteiro foi negada por três vezes, mas ela continuou a visitar os pobres e enfermos e a fazer caridade. 

Certa noite, ela ouviu e viu os seus santos protectores - Santo Agostinho, São Nicolau de Tolentino e São João Batista - os quais a conduziram até ao interior do convento, que estava com as portas trancadas. 

As mesmas religiosas, que antes haviam recusado a entrada Rita, ao acordar, ficaram surpresas ao vê-la ali a rezar na capela, quando a porta tinha sido trancada e, de imediato, Rita foi aceite na Ordem. 

Uma das suas características é a ferida aberta na testa causada pela perfuração dos espinhos da coroa de Jesus, milagre atribuído a Rita, pelo facto dela ter permanecido a rezar em frente ao crucifixo de forma fervorosa e pedindo para sofrer junto com Jesus. 

Esta ferida acompanhou Rita por 15 anos, símbolo de seu amor e fé, tendo contudo, lhe causado muita dor e sofrimento, os quais Rita oferecia a Deus. 

Durante todo este tempo de provação, Rita autoflagelou-se com muitas penitências, muito jejum e muita oração, mas nunca deixou de atender os pedidos daqueles que a procuravam a pedir intercessão e, foi uma questão de tempo para que a sua fama de santidade se espalhasse.

No ano de 1450, o qual havia sido proclamado Ano Santo, todas as monjas do convento iam a Roma receber indulgências do Papa. Rita também queria ir, mas havia sido proibida em virtude da sua saúde frágil e da ferida aberta na testa. 

Vendo-se proibida de ir a Roma receber as indulgências do Papa, Rita orou a Deus, pedindo que Ele lhe fechasse a ferida temporariamente, apenas para cumprir a peregrinação até Roma e, de imediato, a sua ferida fechou. 

Com dores e doente Rita, seguiu a pé até Roma onde conseguiu as indulgências. Ao regressar ao convento, a ferida abriu-se novamente. 

No dia 22 de maio de 1457, Rita entregou a sua alma a Deus. No momento da sua morte, a ferida fechou-se e o cheiro característico de uma ferida aberta, deu lugar a um discreto perfume, tendo o seu rosto formado um sorriso de contentamento. 

O corpo de Rita, não foi sepultado e está intacto na igreja anexa ao convento até os dias de hoje. 

A respeito de Santa Rita, diz-nos o Papa Francisco: “Rita foi reconhecida ‘santa’ não tanto pela fama dos milagres que a devoção popular atribui à eficácia de sua intercessão junto de Deus todo-poderoso, porém, muito mais pela sua assombrosa ‘normalidade’ da existência quotidiana, por ela vivida como esposa e mãe, depois como viúva e enfim como monja agostiniana”


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