sábado, 17 de julho de 2010

O que fazer com a nossa grandeza?



Já tenho escrito, algumas vezes, sobre a grandeza das nossas vidas. E é verdades que somos grandes. Talvez por isso sejamos tão sensíveis à beleza e à perfeição. Desejamos ser muito. Desejamos ser o que queremos ser ou aquilo que nunca fomos. Queremos ser pessoas de abertura e de transparência. Desejamos e apreciamos a grandeza da vida. Mas, no meio dos nossos sonhos tropeçamos no mal que não queremos. E vivemos em luta ou em tensão, entre a verdade dos desejos e o limite das acções. E desanimamos, porque não sabemos quem somos: se aquele que diz diante de Deus “desejo-te e desejo o mundo” ou aquele que durante o dia tropeça onde não esperaria. Afinal, qual destes sou eu? Estás nos dois lados. No lado da grandeza e no lado da fragilidade. E estando nos dois, serás uma pessoa inteiramente verdadeira e completa. A grandeza da vida não diminui com a vida quotidiana feita de passos e missões pequenas. Levantar-me todos os dias de madrugada porque o meu filho chora, pode ser maior do que aquele que ao dar uma palestra levanta e move eficazmente um auditório. Tudo depende do amor que ofereço. E portanto, quando falhes ou quando tropeces, ou quando te sintas pequeno, nunca penses mal de ti. Mas, encontra-te com Deus mostrando-lhe que a tua verdade não consegue avançar sozinha. Mas, nunca desconfies nem desistas da beleza e da grandeza dos desejos que passam por ti. Basta que avances durante o dia, com aqueles passos pequenos próprio daquele que tem um coração grande.



Nuno Branco

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