Se não
vir, não acredito…
Os relatos referentes às
aparições de Jesus ressuscitado proclamam que as relações entre Jesus e os seus
discípulos não terminaram com a morte do Mestre. Mas o acontecimento da
Ressurreição mudou tudo. O Jesus traído, derrotado, injustiçado e abandonado
pelos seus discípulos, passa a ser o Senhor ressuscitado que congrega de novo a
sua comunidade.
Tomé ficou sem a experiência de O
reconhecer. Contaram-lhe, mas não pode acreditar no que lhe dizem. Oito dias
passados, repete-se a cena. Tomé, o incrédulo, desta vez está presente, dá-se
conta de que não acreditou nos outros e exclama: “Meu Senhor e meu Deus!”.
Esta é uma bela confissão de fé.
Quem é Tomé? Um discípulo
normalíssimo como tu e como eu. Tomé gosta das coisas claras: os outros
dizem-lhe que “viram o Senhor” e ele não acredita. Tomé é como muita gente
dos nossos dias: para crer querem “ver claro”. Mas essa é a exigência
impossível; porque, nesse caso, não haveria fé.
A fé supera o que os olhos e as
mãos tocam. O crente não é o que vê; é o que ouve e crê no que ouve. É esta a
bem-aventurança que hoje Jesus proclama: Felizes os que acreditam sem verem.
Meditando para o 2º Domingo de Páscoa do ano C
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