segunda-feira, 18 de julho de 2016





Neste Domingo, o Evangelho apresenta-nos Jesus num ambiente doméstico, dizendo-nos que a Fé é sempre um encontro intimo e familiar. Na casa de Betânia Jesus encontra a familiaridade, a amizade, a tranquilidade e a intimidade na amizade acolhedora de Maria e Marta. De facto, hospedar alguém, é proporcionar-lhe um espaço e tempo, acima de tudo é fazer de si mesmo um espaço para o outro através da escuta. Maria, é o modelo de uma hospitalidade que se não limita a acolher
no interior de sua casa, mas que faz de sua atenção um espaço de acolhimento para o outro. Marta e Maria não se opõem como emblema de dois tipos de vida contemplativa e ativa, pois Marta não se pode ser sem Maria, porque é estéril e meramente protagonista de uma caridade que não inicie e não termina na contemplação do amor gratuito de Deus. Também Maria não pode passar sem Marta, pois não há oração autêntica sem gestos concretos de caridade, tanto é feliz quem escuta a palavra de Deus, como quem a põe em prática.

Senhor, é mais fácil fazer coisas em Teu nome do que ser autenticamente Teu discípulo. Ajuda-nos a passar de um Deus vivido como dever, para um Deus vivido como amigo e maravilha do amor.


Meditando para o 16º Domingo do tempo comum do ano C - D. Francisco Senra Coelho


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