O Evangelho apresenta-nos a Parábola do Bom Samaritano da qual podemos concluir:
”só quem vai e faz o mesmo é que encontrará a vida”. Vários verbos desenham um mundo melhor: “Viu-o, compadeceu-se, ligou-lhe as feridas, deitou azeite e vinho sobre elas, colocou-o na montada, levou-o cuidou, pagou”. Na estrada de Jericó está toda a humanidade, e porque a vida não é um salve-se quem puder, na mesma estrada e compartilhando a mesma história, viajando no mesmo barco, ou nos salvamos todos, ou nos perdemos todos juntos.
A compaixão significa sofrer juntos, procurando aproximarmo-nos, colocando outro no centro das nossas preocupações. Não estás só, porque a tua dor é também em parte a minha dor.
Senhor, nem sempre é fácil deixar-se atrair pelos pobres e incomodar-se com o sofrimento alheio. Tantas vezes deixamo-nos conduzir pela tentação de fuga, de passarmos adiante, sem pararmos junto de quem sofre. Sim, a compaixão é um dom que se recebe quando se está próximo de Deus. Porque Tu és o samaritano que te gastaste por nós até á Cruz, ensina-nos a parar diante de quem sofre e a ser as tuas mãos.
Meditando para o 15º Domingo do tempo comum do ano C - D. Francisco Senra Coelho
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