quarta-feira, 31 de janeiro de 2018
Para Reflectir
Os rios não bebem a sua própria àgua, as àrvores não comem seus próprios frutos.
O sol não brilha para si mesmo e as flores não espalham sua fragância para si.
Viver para os outros é uma regra da natureza. ( ... )
A Vida é boa quando você está Feliz!
Mas a Vida é muito melhor quando os outros estão Felizes por sua causa !
______________Papa Francisco
terça-feira, 30 de janeiro de 2018
segunda-feira, 29 de janeiro de 2018
Meditando 4º Domingo do Tempo Comum - Ano B
Aprender
a ensinar
O modo de ensinar de Jesus provocou nas pessoas a impressão de que
estavam diante de algo desconhecido e admirável. Jesus não ensinava como os
“doutores” da Lei, fazia-o com “autoridade”, a sua palavra libertava as
pessoas.
A Sua palavra não é como aquela dos doutores da lei, não está revestida
de poder institucional.
A Sua “autoridade” nasce da força do Espírito.
Provém do amor às pessoas.
Busca aliviar o sofrimento, curar feridas, promover uma vida mais
saudável, liberta dos medos, infunde confiança em Deus e anima as pessoas a
buscar um mundo novo.
Não será tempo de nos voltarmos para Jesus e aprender a ensinar como
ele ensinava? A nossa palavra tem de nascer do amor real às pessoas. Deve ser concretizada
depois de uma atenta escuta do sofrimento que há no mundo, não antes. Deve ser
próxima, acolhedora, capaz de acompanhar a vida sofredora do ser humano.
Senhor, que o
teu Espírito nos fortaleça para que as nossas palavras se concretizem em gestos
que curem e produzam esperança.
Capela da Ponte de Rio Tinto
sexta-feira, 26 de janeiro de 2018
Catequese 2º Ano
Esta semana, Jesus trazia para nós uma
surpresa!
Nós sabemos que
para Jesus era muito importante rezar. E ele rezava muitas, muitas vezes.
Quando tinha alguma coisa importante para fazer, rezava primeiro a Deus, seu
Pai.
Os discípulos, que
viam como Jesus rezava, pediram-lhe: “Senhor, ensina-nos a rezar”.
Ficamos logo muito
entusiasmados, e também quisemos que Jesus nos ensinasse a rezar!
Então, Ele
ensinou-nos a oração do “Pai Nosso”. Começa assim:
“Pai-Nosso, que estais nos Céus”
Nós também sabemos,
que para rezar ainda melhor, temos que perceber aquilo que estamos a dizer.
Então, olhamos para as primeiras palavras da oração que Jesus nos ensinou;
Jesus disse-nos que chamássemos a Deus PAI, como Ele chama. Depois juntou nosso.
Porquê?
Porque Deus é Pai
de todos nós. Somos todos filhos de Deus e irmãos de Jesus e por isso podemos
dizer juntos a Deus: Pai-Nosso!
Jesus diz-nos
também que o nosso Pai está nos Céus. Os céus de que Jesus fala são a vida no
amor. Nos Céus de Deus só há amor e coisas boas: carinho, alegria, amizade para
todos…
Jesus ensinou-nos a rezar uma oração tão, mas tão linda que estávamos muito ansiosos para chegar a casa e contá-la aos nossos pais, avós... a toda a gente!
No final, pintamos o primeiro quadradinho da banda desenhada, quando tivermos todos os quadradinhos, vamos ter esta oração tão bonita completa.
quinta-feira, 25 de janeiro de 2018
Catequese 7º/8º Ano
Esta semana partilhamos sobre algo que faz parte das nossas
vidas e sem a qual já não sabemos viver: Televisão, telemóveis, computador….
O desenvolvimento das tecnologias e da comunicação permitiu
a abertura de novas formas de levar informação mais rápido o que faz do mundo
uma ALDEIA GLOBAL.
De facto, estes meios de comunicação dão-nos todas as
notícias em poucos segundos, faz próximo quem está longe, faz-nos próximo das
realidades boas e más que, um pouco por todo o mundo, vai acontecendo.
Este fenómeno tem aspetos positivos: Temos mais consciência
dos problemas mundiais, existe mais solidariedade entre os povos e conhecemos
melhor as diversas culturas.
Aspetos negativos, terá?
Ficamos de pesquisar e levar para o próximo sábado de
catequese as nossas conclusões… parece que ainda vai dar muito que falar deste
tema😊
quarta-feira, 24 de janeiro de 2018
“A Ousadia de Amar”
Amar e ser
amado é absolutamente fundamental para todo o ser humano. Sem amor, ninguém é
capaz de viver feliz. Pois, o amor deve ser a raiz de todas as nossas
motivações.
O amor não é
abstrato. Quando se ama, ama-se alguém e isso traduz-se em atitudes, palavras,
gestos a até tempo. Quando amamos alguém dialogamos sem olhar para o relógio.
Por isso, amar é sair de si e ir ao encontro do outro.
Esta semana, S.
Lucas mostra-nos como os cristãos viviam a luminosa descoberta de serem amados
por Deus, em Jesus (Act 2, 42; 4, 32-33).
As atitudes de amor,
de fé manifestam-se todos os dias, mas há um dia em especial para louvar e
celebrar este amor – o Domingo, o Dia do Senhor!
Percebemos
então que o Domingo é o Dia para manifestar, em especial, a Eucaristia. Pois, a
Eucaristia é o coração do Domingo, nela somos uma família unida. Por isso, o
Domingo é o dia predileto para amar, louvar e celebrar o Senhor.
Assim,
entendemos melhor os três primeiros mandamentos:
- Amar e adorar a Deus sobre todas as coisas;
- Não invocar o santo nome de Deus em vão;
- Santificar os domingos (e festas de guarda).
terça-feira, 23 de janeiro de 2018
Catequese 3º ano
“Pelo Crisma somos
Confirmados como Cristãos”
Na semana
passada, recebemos os nossos lenços. Neles está escrito “Sou de Cristo, Sou
feliz”. Somos de Cristo desde o nosso Batismo.
Mas não somos
os únicos que somos de Cristo, nem somos os únicos que temos estes lenços.
Assim, nesta catequese, tivemos um convidado especial – o Zé – que nos veio
falar do seu lenço e da alegria que sente ao ser testemunha de Deus.
O Zé falou-nos
da sua Confirmação. Mas para sabermos mais sobre o que é a Confirmação fomos
procurar na bíblia (Act 8, 14-17). E descobrimos que é o Espírito Santo que vem
sobre nós e nos torna mais firmes, mais fortes na fé.
Percebemos
ainda que sermos Confirmados é o mesmo que recebermos o Sacramento do Crisma,
que significa Unção. Ao sermos Crismados temos mais coragem e sabedoria para
espalhar a Palavra de Deus.
Boa semana!
segunda-feira, 22 de janeiro de 2018
Meditando para o 3º Domingo do tempo comum do ano B
Caminhando…viu…chamou…
Troca de olhares… Diz-se muita coisa nestes olhares
trocados! João Baptista põe o seu olhar em Jesus e diz quem Ele é. Jesus olha
André e o seu companheiro, interroga-os e convida-os a vir e a ver. Estes vêem
onde Ele mora e ficam com Ele. André leva o seu irmão a Jesus que põe nele o seu
olhar e dá-lhe um novo nome. Olhares que interrogam, olhares que nomeiam,
olhares que convidam, olhares que dizem a amizade. Se Jesus olha os homens, é
porque Deus os olha. Deixemo-nos olhar por Deus e aceitemos olhá-l’O, olhando o
seu Filho Jesus. Então pode-se estabelecer a relação.
Voltarmo-nos para Cristo… Em comunidade, é bom ouvir
o apelo à conversão: as nossas maneiras de viver e de trabalhar devem também,
sem cessar, ser regeneradas para melhor corresponder àquilo que Cristo espera
de nós. É preciso que, juntos, nos viremos para Ele. E o Evangelho deste
domingo é a ocasião para um tempo de discernimento que muito raramente fazemos.
Senhor, que eu
me deixe olhar por Ti. Chamas-me pelo meu nome e convidas-me a seguir-Te. Que
eu nunca me distraia, para escutar a Tua voz, que tem uma palavra de afecto e
uma missão, também para mim. ”
sábado, 20 de janeiro de 2018
Catequese 2º Ano
Esta semana, quando chegamos à nossa sala de catequese, tínhamos um coração muito grande, no nosso placard. Ficamos logo super curiosos para saber de quem seria aquele coração. Dos pais? Da família? De Jesus? De facto, Jesus ama-nos muito e um dos grandes sinais é Ele dar-nos pessoas capazes de nos amar muito, pessoas que também têm um coração grande, pessoas que nós amamos muito e não queremos viver sem elas.
Mas, qual será a pessoa de quem Jesus gosta mais? É alguém que tem um coração muito maior do que o que podemos representar.
Jesus começou a dizer a todas as pessoas, que tinha uma boa noticia e esta boa notícia era que o reino de Deus estava próximo.
E como é esse reino? É um reino onde todos se entendem, se amam, se respeitam, um reino onde não há maldades e as pessoas são felizes. Depois de Jesus ter escutado a voz de Deus e ter sentido o seu grande amor Ele foi dizer que o reino de amor de Deus era para todos, só precisávamos de nos arrependermos das nossas maldades, mudarmos a nossa maneira de ser, escutando as suas palavras.
Sabemos agora que aquele coração grande é o coração de Deus: ninguém nos ama tanto como Deus. O amor de todas as pessoas vem de Deus.
Então, para agradecer a Deus o seu amor por nós, decidimos colocar o nosso coração junto da Bíblia, como sinal da nossa vontade de fazer parte do reino de Deus. Ao coloca-lo junto da Bíblia, cada um de nós disse “Obrigado, meu Deus, pelo teu grande amor”.
Mas, qual será a pessoa de quem Jesus gosta mais? É alguém que tem um coração muito maior do que o que podemos representar.
Jesus começou a dizer a todas as pessoas, que tinha uma boa noticia e esta boa notícia era que o reino de Deus estava próximo.
E como é esse reino? É um reino onde todos se entendem, se amam, se respeitam, um reino onde não há maldades e as pessoas são felizes. Depois de Jesus ter escutado a voz de Deus e ter sentido o seu grande amor Ele foi dizer que o reino de amor de Deus era para todos, só precisávamos de nos arrependermos das nossas maldades, mudarmos a nossa maneira de ser, escutando as suas palavras.
Sabemos agora que aquele coração grande é o coração de Deus: ninguém nos ama tanto como Deus. O amor de todas as pessoas vem de Deus.
Então, para agradecer a Deus o seu amor por nós, decidimos colocar o nosso coração junto da Bíblia, como sinal da nossa vontade de fazer parte do reino de Deus. Ao coloca-lo junto da Bíblia, cada um de nós disse “Obrigado, meu Deus, pelo teu grande amor”.
quinta-feira, 18 de janeiro de 2018
Catequese 7º/8º ano
Na sequência do encontro dos reis magos como Jesus, reflectimos o rumo novo que este encontro “obriga” a seguir.
Este é o desafio, a missão de todos nós que fazemos caminho para nos aproximarmos do caminho de Jesus e a fazer deste o nosso caminho. A procura constante de Jesus é algo que define os jovens deste grupo que são valentes e querem conhecer melhor este Deus que se manifesta de maneiras concretas na vida normal do dia a dia, assim nós o queiramos encontrar.
Esta semana levamos para casa uma pequena reflexão individual e introspetiva. Será tempo de olharmos para dentro e fazermos um ponto de situação para sabermos que direção vamos tomar no desafio de seguirmos Jesus.
És tu capaz de deixar tudo e ir procurar Jesus?
Quem é Jesus para mim?
Quem me fala de Jesus?
Onde posso encontrar Jesus?
Como devo adorar Jesus?
Como vou ser estrela guia para os outros?
Até sábado 🙂
Este é o desafio, a missão de todos nós que fazemos caminho para nos aproximarmos do caminho de Jesus e a fazer deste o nosso caminho. A procura constante de Jesus é algo que define os jovens deste grupo que são valentes e querem conhecer melhor este Deus que se manifesta de maneiras concretas na vida normal do dia a dia, assim nós o queiramos encontrar.
Esta semana levamos para casa uma pequena reflexão individual e introspetiva. Será tempo de olharmos para dentro e fazermos um ponto de situação para sabermos que direção vamos tomar no desafio de seguirmos Jesus.
És tu capaz de deixar tudo e ir procurar Jesus?
Quem é Jesus para mim?
Quem me fala de Jesus?
Onde posso encontrar Jesus?
Como devo adorar Jesus?
Como vou ser estrela guia para os outros?
Até sábado 🙂
quarta-feira, 17 de janeiro de 2018
Catequese 9º Ano
“Uma proposta radical”
Terminamos a catequese passada a reconhecer que os “Mandamentos” são uma proposta de felicidade, que precisamos de assumir e viver em cada dia. Nesta semana, começamos por ouvir uma música, da Sara Tavares, que fala sobre uma passagem da bíblia que diz “que tudo é permitido, mas nem tudo é conveniente”. (https://www.youtube.com/watch?v=J-UFxZExcyo)
A catequese desta semana fala-nos de uma proposta. Uma proposta é algo que podemos aceitar e fazer nossa, se nos interessar. Para nós, a proposta de Jesus é algo novo e diferente, tanto que dizemos que é uma proposta radical. Mas radical porquê? Esta proposta não contempla meias medidas, ou é sim ou é não, aqui não existe o talvez. Esta proposta não anula os mandamentos, mas eleva-os à máxima perfeição – Mt 5, 3-10.
As bem-aventuranças são o “projeto fundamental de Jesus”, através delas Jesus mostra-nos o caminho a seguir para chegar à felicidade. Queremos comprometer-nos com esta proposta?! Estamos dispostas a aceitar o desafio?! Assumimos o risco de viver procurando, na pessoa de Jesus e no seu projeto, a nossa felicidade? Teremos nós a coragem?!
Boa semana!
Terminamos a catequese passada a reconhecer que os “Mandamentos” são uma proposta de felicidade, que precisamos de assumir e viver em cada dia. Nesta semana, começamos por ouvir uma música, da Sara Tavares, que fala sobre uma passagem da bíblia que diz “que tudo é permitido, mas nem tudo é conveniente”. (https://www.youtube.com/watch?v=J-UFxZExcyo)
A catequese desta semana fala-nos de uma proposta. Uma proposta é algo que podemos aceitar e fazer nossa, se nos interessar. Para nós, a proposta de Jesus é algo novo e diferente, tanto que dizemos que é uma proposta radical. Mas radical porquê? Esta proposta não contempla meias medidas, ou é sim ou é não, aqui não existe o talvez. Esta proposta não anula os mandamentos, mas eleva-os à máxima perfeição – Mt 5, 3-10.
As bem-aventuranças são o “projeto fundamental de Jesus”, através delas Jesus mostra-nos o caminho a seguir para chegar à felicidade. Queremos comprometer-nos com esta proposta?! Estamos dispostas a aceitar o desafio?! Assumimos o risco de viver procurando, na pessoa de Jesus e no seu projeto, a nossa felicidade? Teremos nós a coragem?!
Boa semana!
terça-feira, 16 de janeiro de 2018
Catequese 3º Ano
" Pelo Batismo renascemos do alto”
Na semana passada vivemos um momento muito especial. O batismo da Ângela e da Lara. Mas, na missa, o Padre também falou de outra coisa importante. Dos Reis Magos. Eles foram ao encontro de Jesus e levaram-lhe presentes – ouro, incenso e mirra.
Esta semana, também os meninos e meninas do 3º ano receberam um presente – um lenço branco. Mas porque razão será o lenço branco e tem três pontas? Para descobrirmos as respostas fomos procurar na bíblia (Jo 3, 1-6.16).
Na leitura, Jesus explica-nos que o lenço tem três pontas porque cada uma delas tem um significado. Uma ponta representa o Pai, outra o Filho e a outra o Espírito Santo. Por isso, é que quando somos batizados, somos batizados “Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”.
Mas ainda nos faltava saber o porquê de o lenço ser branco. Então Jesus disse-nos. O lenço é branco pela mesma razão que é a branca a toalha que nos colocam no dia do nosso baptismo. Pela água do baptismo ficamos limpos das nossas asneiras, das coisas que não nos deixam fazer o bem, ficamos mais luminosos. O branco é feito pela luz, a luz do amor de Jesus.
Terminamos a nossa catequese fazendo um gesto que nos fez relembrar o nosso batismo e, depois, juntos, rezamos a oração que Jesus nos ensinou – o Pai Nosso.
Boa semana!
segunda-feira, 15 de janeiro de 2018
Meditando 2º Domingo Tempo Comum do Ano B
“Eis o Cordeiro de Deus”
Acolher o chamamento de Deus para seguir Jesus Cristo é o que nos define como cristãos. E o que é, em concreto, seguir Jesus? É ver n’Ele o Messias libertador com uma proposta de vida verdadeira e eterna, aceitar tornar-se seu discípulo, segui-l’O no caminho do amor, da entrega, da doação da vida, aceitar o desafio de entrar na sua casa e de viver em comunhão com Ele.
Senhor, que a minha alegria de Te ter encontrado se reflita nos meus gestos de amor ao próximo para que também eles possam dizer: “Encontrámos o Messias”
Capela da Ponte de Rio Tinto
domingo, 14 de janeiro de 2018
A catequese desta semana foi muito especial. Nesta semana celebramos o batismo de dois elementos do nosso grupo – a Ângela e a Lara – e nós quisemos estar presentes claro a acompanhá-las na sua caminhada cristã.
O grupo foi até à Igreja de Santa Maria, em Rio Tinto, e partilhamos, juntos, este momento tão especial e importante.
Boa semana!
quinta-feira, 11 de janeiro de 2018
Catequese 6 – 1º Encontro
“Uma Proposta de Felicidade”
O tema desta semana foi a Felicidade. Mas afinal o que é a felicidade? Será que a felicidade depende da sorte, do que acontece na vida ou do modo como cada um se confronta com o que lhe acontece? Conhecemos muitas pessoas que tenham dito que são felizes?
Nesta catequese percebemos que a felicidade mora dentro de nós. Então, morando a felicidade dentro do nosso coração, por que é que é tão difícil ser feliz?!
Para refletirmos juntos: https://www.youtube.com/watch?v=yQHo7K4PIyA
Boa semana!
quarta-feira, 10 de janeiro de 2018
Catequese 2º Ano
Este sábado, foi um dia muito feliz. Para além de nos voltarmos a reunir para aprender mais sobre aquilo que Jesus tem para nos dizer, celebramos também o Dia de Reis.
Fizemos isso de uma forma muito especial. Sentamo-nos todos em frente ao presépio e esquecemos tudo o que estava lá fora. Apercebemo-nos que, apesar de todos termos um presépio em casa, nunca tínhamos parado em frente dele para admirar o que representa. Então, foi isso mesmo que fizemos!
Depois de ouvirmos com muita atenção a leitura da bíblia percebemos várias coisas: que os reis magos foram visitar o menino, mas que a viagem que eles fizeram não foi nada fácil e que lhe levaram presentes: Ouro, Incenso e Mirra.
Hoje, somos nós o que acolhemos e adoramos o Deus Menino.
Podemos visitá-lo sempre que estamos com alguém que precisa de companhia, sempre que visitamos um doente, sempre que acolhemos aqueles que precisam... Se fizermos aquilo que Jesus nos ensina estamos, com certeza, a visitar Jesus.
Fazer aquilo que Ele nos pede, é o melhor presente que podemos dar a Jesus!
Por isso, e em jeito de despedida, cada um de nós pôde dar um beijinho ao menino Jesus.
terça-feira, 9 de janeiro de 2018
segunda-feira, 8 de janeiro de 2018
Meditando Solenidade da Epifania do Senhor - Ano B
“Virão adorar-Vos, Senhor, todos os povos da terra”
Celebramos a manifestação de Jesus… Ele é uma “luz” que se acende na noite do mundo e atrai a si todos os povos da terra. Essa “luz” incarnou na nossa história, iluminou os caminhos dos homens, ao encontro da salvação.
No presépio, os reis magos representam todos aqueles que buscam a Deus em todos os países e em todas as nações. Conduzidos pela graça, eram habitados por um puro desejo de verdade, que não se detinha nos limites das tradições e dos ensinamentos dos respectivos países. Porque Deus é verdade e quer deixar-Se encontrar por quantos O procuram de todo o coração, a estrela tinha de, cedo ou tarde, brilhar aos olhos dos sábios para lhes indicar o caminho para a verdade. Foi assim que se encontraram diante da Verdade encarnada, que se prostraram para O adorar e depuseram a seus pés as suas riquezas.
Senhor, a Tua luz sempre brilha na noite e convida-me a pôr a caminho. Sair de mim para ir ao Teu encontro, para ir ao encontro do outro.
Capela da Ponte de Rio Tinto
terça-feira, 2 de janeiro de 2018
01 de Janeiro de 2018 - Dia Mundial da Paz
O Dia Mundial da Paz foi instituído pelo Papa Paulo VI (1897-1978) e é celebrado no primeiro dia do ano.
Para reflectir,
MENSAGEM DO SANTO PADRE FRANCISCO PARA A CELEBRAÇÃO DO 51º DIA MUNDIAL DA PAZ
1. Votos de paz
Paz a todas as pessoas e a todas as nações da terra! A paz, que os anjos anunciam aos pastores na noite de Natal, é uma aspiração profunda de todas as pessoas e de todos os povos, sobretudo de quantos padecem mais duramente pela sua falta. Dentre estes, que trago presente nos meus pensamentos e na minha oração, quero recordar de novo os mais de 250 milhões de migrantes no mundo, dos quais 22 milhões e meio são refugiados. Estes últimos, como afirmou o meu amado predecessor Bento XVI, «são homens e mulheres, crianças, jovens e idosos que procuram um lugar onde viver em paz». E, para o encontrar, muitos deles estão prontos a arriscar a vida numa viagem que se revela, em grande parte dos casos, longa e perigosa, a sujeitar-se a fadigas e sofrimentos, a enfrentar arames farpados e muros erguidos para os manter longe da meta.
Com espírito de misericórdia, abraçamos todos aqueles que fogem da guerra e da fome ou se veem constrangidos a deixar a própria terra por causa de discriminações, perseguições, pobreza e degradação ambiental.
Estamos cientes de que não basta abrir os nossos corações ao sofrimento dos outros. Há muito que fazer antes de os nossos irmãos e irmãs poderem voltar a viver em paz numa casa segura. Acolher o outro requer um compromisso concreto, uma corrente de apoios e beneficência, uma atenção vigilante e abrangente, a gestão responsável de novas situações complexas que às vezes se vêm juntar a outros problemas já existentes em grande número, bem como recursos que são sempre limitados. Praticando a virtude da prudência, os governantes saberão acolher, promover, proteger e integrar, estabelecendo medidas práticas, «nos limites consentidos pelo bem da própria comunidade retamente entendido, [para] lhes favorecer a integração». Os governantes têm uma responsabilidade precisa para com as próprias comunidades, devendo assegurar os seus justos direitos e desenvolvimento harmónico, para não serem como o construtor insensato que fez mal os cálculos e não conseguiu completar a torre que começara a construir.
2. Porque há tantos refugiados e migrantes?
Na mensagem para idêntica ocorrência no Grande Jubileu pelos 2000 anos do anúncio de paz dos anjos em Belém, São João Paulo II incluiu o número crescente de refugiados entre os efeitos de «uma sequência infinda e horrenda de guerras, conflitos, genocídios, “limpezas étnicas”» que caraterizaram o século XX. E até agora, infelizmente, o novo século não registou uma verdadeira viragem: os conflitos armados e as outras formas de violência organizada continuam a provocar deslocações de populações no interior das fronteiras nacionais e para além delas.
Todavia as pessoas migram também por outras razões, sendo a primeira delas «o desejo de uma vida melhor, unido muitas vezes ao intento de deixar para trás o “desespero” de um futuro impossível de construir». As pessoas partem para se juntar à própria família, para encontrar oportunidades de trabalho ou de instrução: quem não pode gozar destes direitos, não vive em paz. Além disso, como sublinhei na Encíclica Laudato si’, «é trágico o aumento de migrantes em fuga da miséria agravada pela degradação ambiental».
A maioria migra seguindo um percurso legal, mas há quem tome outros caminhos, sobretudo por causa do desespero, quando a pátria não lhes oferece segurança nem oportunidades, e todas as vias legais parecem impraticáveis, bloqueadas ou demasiado lentas.
Em muitos países de destino, generalizou-se largamente uma retórica que enfatiza os riscos para a segurança nacional ou o peso do acolhimento dos recém-chegados, desprezando assim a dignidade humana que se deve reconhecer a todos, enquanto filhos e filhas de Deus. Quem fomenta o medo contra os migrantes, talvez com fins políticos, em vez de construir a paz, semeia violência, discriminação racial e xenofobia, que são fonte de grande preocupação para quantos têm a peito a tutela de todos os seres humanos.
Todos os elementos à disposição da comunidade internacional indicam que as migrações globais continuarão a marcar o nosso futuro. Alguns consideram-nas uma ameaça. Eu, pelo contrário, convido-vos a vê-las com um olhar repleto de confiança, como oportunidade para construir um futuro de paz.
3. Com olhar contemplativo
A sabedoria da fé nutre este olhar, capaz de intuir que todos pertencemos «a uma só família, migrantes e populações locais que os recebem, e todos têm o mesmo direito de usufruir dos bens da terra, cujo destino é universal, como ensina a doutrina social da Igreja. Aqui encontram fundamento a solidariedade e a partilha». Estas palavras propõem-nos a imagem da nova Jerusalém. O livro do profeta Isaías (cap. 60) e, em seguida, o Apocalipse (cap. 21) descrevem-na como uma cidade com as portas sempre abertas, para deixar entrar gente de todas as nações, que a admira e enche de riquezas. A paz é o soberano que a guia, e a justiça o princípio que governa a convivência dentro dela.
Precisamos de lançar, também sobre a cidade onde vivemos, este olhar contemplativo, «isto é, um olhar de fé que descubra Deus que habita nas suas casas, nas suas ruas, nas suas praças (...), promovendo a solidariedade, a fraternidade, o desejo de bem, de verdade, de justiça», por outras palavras, realizando a promessa da paz.
Detendo-se sobre os migrantes e os refugiados, este olhar saberá descobrir que eles não chegam de mãos vazias: trazem uma bagagem feita de coragem, capacidades, energias e aspirações, para além dos tesouros das suas culturas nativas, e deste modo enriquecem a vida das nações que os acolhem. Saberá vislumbrar também a criatividade, a tenacidade e o espírito de sacrifício de inúmeras pessoas, famílias e comunidades que, em todas as partes do mundo, abrem a porta e o coração a migrantes e refugiados, inclusive onde não abundam os recursos.
Este olhar contemplativo saberá, enfim, guiar o discernimento dos responsáveis governamentais, de modo a impelir as políticas de acolhimento até ao máximo dos «limites consentidos pelo bem da própria comunidade retamente entendido», isto é, tomando em consideração as exigências de todos os membros da única família humana e o bem de cada um deles.
Quem estiver animado por este olhar será capaz de reconhecer os rebentos de paz que já estão a despontar e cuidará do seu crescimento. Transformará assim em canteiros de paz as nossas cidades, frequentemente divididas e polarizadas por conflitos que se referem precisamente à presença de migrantes e refugiados.
4. Quatro pedras miliárias para a ação
Oferecer a requerentes de asilo, refugiados, migrantes e vítimas de tráfico humano uma possibilidade de encontrar aquela paz que andam à procura, exige uma estratégia que combine quatro ações: acolher, proteger, promover e integrar.
«Acolher» faz apelo à exigência de ampliar as possibilidades de entrada legal, de não repelir refugiados e migrantes para lugares onde os aguardam perseguições e violências, e de equilibrar a preocupação pela segurança nacional com a tutela dos direitos humanos fundamentais. Recorda-nos a Sagrada Escritura: «Não vos esqueçais da hospitalidade, pois, graças a ela, alguns, sem o saberem, hospedaram anjos».
«Proteger» lembra o dever de reconhecer e tutelar a dignidade inviolável daqueles que fogem dum perigo real em busca de asilo e segurança, de impedir a sua exploração. Penso de modo particular nas mulheres e nas crianças que se encontram em situações onde estão mais expostas aos riscos e aos abusos que chegam até ao ponto de as tornar escravas. Deus não discrimina: «O Senhor protege os que vivem em terra estranha e ampara o órfão e a viúva».
«Promover» alude ao apoio para o desenvolvimento humano integral de migrantes e refugiados. Dentre os numerosos instrumentos que podem ajudar nesta tarefa, desejo sublinhar a importância de assegurar às crianças e aos jovens o acesso a todos os níveis de instrução: deste modo poderão não só cultivar e fazer frutificar as suas capacidades, mas estarão em melhores condições também para ir ao encontro dos outros, cultivando um espírito de diálogo e não de fechamento ou de conflito. A Bíblia ensina que Deus «ama o estrangeiro e dá-lhe pão e vestuário»; daí a exortação: «Amarás o estrangeiro, porque foste estrangeiro na terra do Egito».
Por fim, «integrar» significa permitir que refugiados e migrantes participem plenamente na vida da sociedade que os acolhe, numa dinâmica de mútuo enriquecimento e fecunda colaboração na promoção do desenvolvimento humano integral das comunidades locais. «Portanto – como escreve São Paulo – já não sois estrangeiros nem imigrantes, mas sois concidadãos dos santos e membros da casa de Deus».
5. Uma proposta para dois Pactos internacionais
Almejo do fundo do coração que seja este espírito a animar o processo que, no decurso de 2018, levará à definição e aprovação por parte das Nações Unidas de dois pactos globais: um para migrações seguras, ordenadas e regulares, outro referido aos refugiados. Enquanto acordos partilhados a nível global, estes pactos representarão um quadro de referência para propostas políticas e medidas práticas. Por isso, é importante que sejam inspirados por sentimentos de compaixão, clarividência e coragem, de modo a aproveitar todas as ocasiões para fazer avançar a construção da paz: só assim o necessário realismo da política internacional não se tornará uma capitulação ao cinismo e à globalização da indiferença.
De facto, o diálogo e a coordenação constituem uma necessidade e um dever próprio da comunidade internacional. Mais além das fronteiras nacionais, é possível também que países menos ricos possam acolher um número maior de refugiados ou acolhê-los melhor, se a cooperação internacional lhes disponibilizar os fundos necessários.
A Secção Migrantes e Refugiados do Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral sugeriu 20 pontos de ação[17] como pistas concretas para a implementação dos supramencionados quatro verbos nas políticas públicas e também na conduta e ação das comunidades cristãs. Estas e outras contribuições pretendem expressar o interesse da Igreja Católica pelo processo que levará à adoção dos referidos pactos globais das Nações Unidas. Um tal interesse confirma uma vez mais a solicitude pastoral que nasceu com a Igreja e tem continuado em muitas das suas obras até aos nossos dias.
6. Em prol da nossa casa comum
Inspiram-nos as palavras de São João Paulo II: «Se o “sonho” de um mundo em paz é partilhado por tantas pessoas, se se valoriza o contributo dos migrantes e dos refugiados, a humanidade pode tornar-se sempre mais família de todos e a nossa terra uma real “casa comum”».[18] Ao longo da história, muitos acreditaram neste «sonho» e as suas realizações testemunham que não se trata duma utopia irrealizável.
Entre eles conta-se Santa Francisca Xavier Cabrini, cujo centenário do nascimento para o Céu ocorre em 2017. Hoje, dia 13 de novembro, muitas comunidades eclesiais celebram a sua memória. Esta pequena grande mulher, que consagrou a sua vida ao serviço dos migrantes tornando-se depois a sua Padroeira celeste, ensinou-nos como podemos acolher, proteger, promover e integrar estes nossos irmãos e irmãs. Pela sua intercessão, que o Senhor nos conceda a todos fazer a experiência de que «o fruto da justiça é semeado em paz por aqueles que praticam a paz».
Paz a todas as pessoas e a todas as nações da terra! A paz, que os anjos anunciam aos pastores na noite de Natal, é uma aspiração profunda de todas as pessoas e de todos os povos, sobretudo de quantos padecem mais duramente pela sua falta. Dentre estes, que trago presente nos meus pensamentos e na minha oração, quero recordar de novo os mais de 250 milhões de migrantes no mundo, dos quais 22 milhões e meio são refugiados. Estes últimos, como afirmou o meu amado predecessor Bento XVI, «são homens e mulheres, crianças, jovens e idosos que procuram um lugar onde viver em paz». E, para o encontrar, muitos deles estão prontos a arriscar a vida numa viagem que se revela, em grande parte dos casos, longa e perigosa, a sujeitar-se a fadigas e sofrimentos, a enfrentar arames farpados e muros erguidos para os manter longe da meta.
Com espírito de misericórdia, abraçamos todos aqueles que fogem da guerra e da fome ou se veem constrangidos a deixar a própria terra por causa de discriminações, perseguições, pobreza e degradação ambiental.
Estamos cientes de que não basta abrir os nossos corações ao sofrimento dos outros. Há muito que fazer antes de os nossos irmãos e irmãs poderem voltar a viver em paz numa casa segura. Acolher o outro requer um compromisso concreto, uma corrente de apoios e beneficência, uma atenção vigilante e abrangente, a gestão responsável de novas situações complexas que às vezes se vêm juntar a outros problemas já existentes em grande número, bem como recursos que são sempre limitados. Praticando a virtude da prudência, os governantes saberão acolher, promover, proteger e integrar, estabelecendo medidas práticas, «nos limites consentidos pelo bem da própria comunidade retamente entendido, [para] lhes favorecer a integração». Os governantes têm uma responsabilidade precisa para com as próprias comunidades, devendo assegurar os seus justos direitos e desenvolvimento harmónico, para não serem como o construtor insensato que fez mal os cálculos e não conseguiu completar a torre que começara a construir.
2. Porque há tantos refugiados e migrantes?
Na mensagem para idêntica ocorrência no Grande Jubileu pelos 2000 anos do anúncio de paz dos anjos em Belém, São João Paulo II incluiu o número crescente de refugiados entre os efeitos de «uma sequência infinda e horrenda de guerras, conflitos, genocídios, “limpezas étnicas”» que caraterizaram o século XX. E até agora, infelizmente, o novo século não registou uma verdadeira viragem: os conflitos armados e as outras formas de violência organizada continuam a provocar deslocações de populações no interior das fronteiras nacionais e para além delas.
Todavia as pessoas migram também por outras razões, sendo a primeira delas «o desejo de uma vida melhor, unido muitas vezes ao intento de deixar para trás o “desespero” de um futuro impossível de construir». As pessoas partem para se juntar à própria família, para encontrar oportunidades de trabalho ou de instrução: quem não pode gozar destes direitos, não vive em paz. Além disso, como sublinhei na Encíclica Laudato si’, «é trágico o aumento de migrantes em fuga da miséria agravada pela degradação ambiental».
A maioria migra seguindo um percurso legal, mas há quem tome outros caminhos, sobretudo por causa do desespero, quando a pátria não lhes oferece segurança nem oportunidades, e todas as vias legais parecem impraticáveis, bloqueadas ou demasiado lentas.
Em muitos países de destino, generalizou-se largamente uma retórica que enfatiza os riscos para a segurança nacional ou o peso do acolhimento dos recém-chegados, desprezando assim a dignidade humana que se deve reconhecer a todos, enquanto filhos e filhas de Deus. Quem fomenta o medo contra os migrantes, talvez com fins políticos, em vez de construir a paz, semeia violência, discriminação racial e xenofobia, que são fonte de grande preocupação para quantos têm a peito a tutela de todos os seres humanos.
Todos os elementos à disposição da comunidade internacional indicam que as migrações globais continuarão a marcar o nosso futuro. Alguns consideram-nas uma ameaça. Eu, pelo contrário, convido-vos a vê-las com um olhar repleto de confiança, como oportunidade para construir um futuro de paz.
3. Com olhar contemplativo
A sabedoria da fé nutre este olhar, capaz de intuir que todos pertencemos «a uma só família, migrantes e populações locais que os recebem, e todos têm o mesmo direito de usufruir dos bens da terra, cujo destino é universal, como ensina a doutrina social da Igreja. Aqui encontram fundamento a solidariedade e a partilha». Estas palavras propõem-nos a imagem da nova Jerusalém. O livro do profeta Isaías (cap. 60) e, em seguida, o Apocalipse (cap. 21) descrevem-na como uma cidade com as portas sempre abertas, para deixar entrar gente de todas as nações, que a admira e enche de riquezas. A paz é o soberano que a guia, e a justiça o princípio que governa a convivência dentro dela.
Precisamos de lançar, também sobre a cidade onde vivemos, este olhar contemplativo, «isto é, um olhar de fé que descubra Deus que habita nas suas casas, nas suas ruas, nas suas praças (...), promovendo a solidariedade, a fraternidade, o desejo de bem, de verdade, de justiça», por outras palavras, realizando a promessa da paz.
Detendo-se sobre os migrantes e os refugiados, este olhar saberá descobrir que eles não chegam de mãos vazias: trazem uma bagagem feita de coragem, capacidades, energias e aspirações, para além dos tesouros das suas culturas nativas, e deste modo enriquecem a vida das nações que os acolhem. Saberá vislumbrar também a criatividade, a tenacidade e o espírito de sacrifício de inúmeras pessoas, famílias e comunidades que, em todas as partes do mundo, abrem a porta e o coração a migrantes e refugiados, inclusive onde não abundam os recursos.
Este olhar contemplativo saberá, enfim, guiar o discernimento dos responsáveis governamentais, de modo a impelir as políticas de acolhimento até ao máximo dos «limites consentidos pelo bem da própria comunidade retamente entendido», isto é, tomando em consideração as exigências de todos os membros da única família humana e o bem de cada um deles.
Quem estiver animado por este olhar será capaz de reconhecer os rebentos de paz que já estão a despontar e cuidará do seu crescimento. Transformará assim em canteiros de paz as nossas cidades, frequentemente divididas e polarizadas por conflitos que se referem precisamente à presença de migrantes e refugiados.
4. Quatro pedras miliárias para a ação
Oferecer a requerentes de asilo, refugiados, migrantes e vítimas de tráfico humano uma possibilidade de encontrar aquela paz que andam à procura, exige uma estratégia que combine quatro ações: acolher, proteger, promover e integrar.
«Acolher» faz apelo à exigência de ampliar as possibilidades de entrada legal, de não repelir refugiados e migrantes para lugares onde os aguardam perseguições e violências, e de equilibrar a preocupação pela segurança nacional com a tutela dos direitos humanos fundamentais. Recorda-nos a Sagrada Escritura: «Não vos esqueçais da hospitalidade, pois, graças a ela, alguns, sem o saberem, hospedaram anjos».
«Proteger» lembra o dever de reconhecer e tutelar a dignidade inviolável daqueles que fogem dum perigo real em busca de asilo e segurança, de impedir a sua exploração. Penso de modo particular nas mulheres e nas crianças que se encontram em situações onde estão mais expostas aos riscos e aos abusos que chegam até ao ponto de as tornar escravas. Deus não discrimina: «O Senhor protege os que vivem em terra estranha e ampara o órfão e a viúva».
«Promover» alude ao apoio para o desenvolvimento humano integral de migrantes e refugiados. Dentre os numerosos instrumentos que podem ajudar nesta tarefa, desejo sublinhar a importância de assegurar às crianças e aos jovens o acesso a todos os níveis de instrução: deste modo poderão não só cultivar e fazer frutificar as suas capacidades, mas estarão em melhores condições também para ir ao encontro dos outros, cultivando um espírito de diálogo e não de fechamento ou de conflito. A Bíblia ensina que Deus «ama o estrangeiro e dá-lhe pão e vestuário»; daí a exortação: «Amarás o estrangeiro, porque foste estrangeiro na terra do Egito».
Por fim, «integrar» significa permitir que refugiados e migrantes participem plenamente na vida da sociedade que os acolhe, numa dinâmica de mútuo enriquecimento e fecunda colaboração na promoção do desenvolvimento humano integral das comunidades locais. «Portanto – como escreve São Paulo – já não sois estrangeiros nem imigrantes, mas sois concidadãos dos santos e membros da casa de Deus».
5. Uma proposta para dois Pactos internacionais
Almejo do fundo do coração que seja este espírito a animar o processo que, no decurso de 2018, levará à definição e aprovação por parte das Nações Unidas de dois pactos globais: um para migrações seguras, ordenadas e regulares, outro referido aos refugiados. Enquanto acordos partilhados a nível global, estes pactos representarão um quadro de referência para propostas políticas e medidas práticas. Por isso, é importante que sejam inspirados por sentimentos de compaixão, clarividência e coragem, de modo a aproveitar todas as ocasiões para fazer avançar a construção da paz: só assim o necessário realismo da política internacional não se tornará uma capitulação ao cinismo e à globalização da indiferença.
De facto, o diálogo e a coordenação constituem uma necessidade e um dever próprio da comunidade internacional. Mais além das fronteiras nacionais, é possível também que países menos ricos possam acolher um número maior de refugiados ou acolhê-los melhor, se a cooperação internacional lhes disponibilizar os fundos necessários.
A Secção Migrantes e Refugiados do Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral sugeriu 20 pontos de ação[17] como pistas concretas para a implementação dos supramencionados quatro verbos nas políticas públicas e também na conduta e ação das comunidades cristãs. Estas e outras contribuições pretendem expressar o interesse da Igreja Católica pelo processo que levará à adoção dos referidos pactos globais das Nações Unidas. Um tal interesse confirma uma vez mais a solicitude pastoral que nasceu com a Igreja e tem continuado em muitas das suas obras até aos nossos dias.
6. Em prol da nossa casa comum
Inspiram-nos as palavras de São João Paulo II: «Se o “sonho” de um mundo em paz é partilhado por tantas pessoas, se se valoriza o contributo dos migrantes e dos refugiados, a humanidade pode tornar-se sempre mais família de todos e a nossa terra uma real “casa comum”».[18] Ao longo da história, muitos acreditaram neste «sonho» e as suas realizações testemunham que não se trata duma utopia irrealizável.
Entre eles conta-se Santa Francisca Xavier Cabrini, cujo centenário do nascimento para o Céu ocorre em 2017. Hoje, dia 13 de novembro, muitas comunidades eclesiais celebram a sua memória. Esta pequena grande mulher, que consagrou a sua vida ao serviço dos migrantes tornando-se depois a sua Padroeira celeste, ensinou-nos como podemos acolher, proteger, promover e integrar estes nossos irmãos e irmãs. Pela sua intercessão, que o Senhor nos conceda a todos fazer a experiência de que «o fruto da justiça é semeado em paz por aqueles que praticam a paz».
Subscrever:
Mensagens (Atom)