No passado dia 22 novembro de 2020, jovens panamenhos e portugueses, representados por duas delegações em Roma realizaram o gesto significativo da passagem da Cruz e do Ícone de Maria ‘Salus Populi Romani’, símbolos das Jornadas Mundiais da Juventude.
Pois bem, o símbolo da cruz já o trabalhamos e assimilamos a sua importância para as JMJ. Chega-nos agora o ícone da Maria.
Mas afinal o que é um ícone e como surgiu?
É uma imagem mariana gravada numa tábua. O
ícone nasce com a Encarnação do Verbo. O nascimento de Cristo torna possível a
escrita dos ícones, pois a partir de aí, para os cristãos, deixa de ser
proibido representar Deus, como o era no Antigo Testamento. Jesus Cristo não é
apenas o Logos, a Palavra do Pai, mas é a sua imagem (eikón). Por isso nos diz
São Paulo: “Cristo é a imagem do Deus invisível” (Cl 1, 15).
O que é um ícone na cultura informática e para nós cristãos?
Com o nascimento da informática, a palavra Ícone assume um novo papel. Ele é uma pequena imagem que serve de atalho entre o utilizador e um programa ou arquivo. Ele encurta o caminho, dá entrada, para que se possa aceder facilmente, através de uma imagem no monitor a informações, ferramentas, atividades…
Esta função coincide com a origem do ícone pois o ícone
sagrado serve como um atalho, uma janela que ajuda a abrir o coração a Deus. No
fundo, ajuda a encurtar o caminho entre o ser humano e o seu Criador através da
oração, como diálogo com Deus.
Por isso, os ícones são janelas sobre o invisível e convidam
a contemplar, olhar com os olhos da alma e a deixar-se tocar pelo mistério de
Deus.
Eles não retratam o mundo real. Eles apelam à conversão, a
mudar a vida e a purificar os sentidos, de tal modo que se possa contemplar
nessa obra artística a própria Pessoa divina [que vem] até nós sob a forma
humana de Jesus Cristo e de Maria, neste caso.
Assim, o ícone é um convite ao ENCONTRO com Jesus e com
Maria.
Quem escrevia (pintava) os ícones?
O autor de ícones é chamado iconógrafo, que significa
“aquele que escreve ícones”. Em relação ao artista, não se diz, portanto, que
pinta ícones, mas que os escreve.
No passado, os iconógrafos eram na grande maioria monges, ou seja, pessoas acostumadas à leitura meditada da Palavra e a uma intensa vida de oração, silêncio, ascese (crescimento e sacrifício), jejum. Todos estes aspetos tornavam evidente que o Ícone não resultava só da mão, inteligência ou sensibilidade artística daquele que escrevia o Ícone, mas da própria ação da Deus que tocava a vida do Iconógrafo.
Assim, a escrita do ícone realizava-se num clima de oração e de consciência da presença de Deus e dos Seus Santos.
O que é que faz dos ícones uma imagem especial?
A presença do Ícone na JMJ
Como Maria dissemos sim ao projeto Rumo ás JMJ 2023, em grupo fizemos a nossa cruz, agora vamos acolher o Ícone Sallus Populli Romani (salvação do povo romano) como símbolo da JMJ que também nos acompanhará a par da cruz.
Até breve😘
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