O Tempo da Graça
A liturgia coloca no centro da nossa reflexão a Palavra de Deus, como um anúncio libertador que Deus dirige a todos os homens e que encarna em Jesus e nos cristãos.
João Baptista anunciava o "Dia da Ira de Deus" que estava quase a acontecer com a chegada do Seu Messias: "Raça de víboras, quem vos ensinou a fugir da Ira que está para vir?!"
Porém, em Jesus não se realiza o Dia da Ira, mas o Tempo da Graça: "O Senhor me ungio ... para proclamar a Graça!"
É extraordináriover que Jesus, na sua leitura do Profecta Isaías, não lê a frase completa, que seria "... para proclamar o ano da graça do Senhor, o dia da vingança da parte do nosso Deus;..." (Is. 61,2).
O Messias de Deus não coincide com o Messias dos Judeus. Por isso João Baptista "entrou em crise" e enviou dois dos seus discípulos a perguntar-lhe: "Afinal, és tu o que estava para vir ou ainda devemos esperar outro?". A resposta de Jesus vai na mesma linha deste seu anúncio inaugurado na Sinagoga de Nazaré: "Ide dizer a João o que vedes e ouvis: os cegos vêem, os coxos andam, os surdos ouvem ... e a Boa Nova é anunciada aos pobres!".
Já sabemos que as curas de Jesus não são os "efeitos maravilhosos de um curandeiro", mas antes um tipo de linguagem própria dos evangelhos para anunciarem Jesus Ressuscitado como fonte de libertação de tudo o que é contrário ao Projecto de Deus e ao Bem do Ser Humano. Com efeito, o pecado é a dinâmica desumanizante da história que apeia o Ser Humano da sua condição.
A libertação da Vida é o sinal máximo da Boa Notícia de Jesus a acontecer em todos os tempos e lugares.
Meditando adaptado do Derrotar Montanhas
segunda-feira, 25 de janeiro de 2010
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