quinta-feira, 13 de setembro de 2012








 A importância do perdão

O pequeno Zeca entra em casa, após a aula, batendo forte os seus pés no chão da casa.
Seu pai, que estava indo para o quintal para fazer alguns serviços na horta, ao ver aquilo, chama o menino para uma conversa.
Zeca, de oito anos de idade, acompanha-o desconfiado.
Antes que seu pai dissesse alguma coisa, fala irritado:
- Pai, estou com muita raiva. O Juca não deveria ter feito comigo o que fez. Desejo tudo de ruim para ele.
Seu pai, um homem simples mas cheio de sabedoria, escuta calmamente o filho que continua a reclamar:
- O Juca humilhou-me na frente dos meus amigos. Não aceito. Queria que ele ficasse doente sem poder ir à escola.
O pai escuta tudo calado enquanto caminha até um abrigo onde guardava um saco cheio de carvão.
Levou o saco até o fundo do quintal e o menino acompanhou-o, calado.
Zeca vê o saco ser aberto e antes mesmo que ele pudesse fazer uma pergunta, o pai propõe-lhe algo:
- Filho, faz de conta que aquela camisa branquinha que está a secar no estendal é o teu amiguinho Juca e cada pedaço de carvão é um mau pensamento teu, endereçado a ele. Quero que acertes todo o carvão do saco na camisa, até ao último pedaço. Depois eu volto para ver como ficou.
O menino achou que seria uma brincadeira divertida e pôs mãos à obra.
O estendal com a camisa estava longe do menino e poucos pedaços acertavam o alvo.
Uma hora se passou e o menino terminou a tarefa.
O pai que espiava tudo de longe, aproximou-se do menino e perguntou-lhe:
- Filho, como te sentes agora?
- Estou cansado mas estou alegre porque acertei muitos pedaços de carvão na camisa.
O pai olha para o menino, que fica sem entender a razão daquela brincadeira e carinhoso diz-lhe:
- Vem comigo até ao meu quarto, quero- te mostrar uma coisa.
O filho acompanha o pai até o quarto e é colocado na frente de um grande espelho onde pode ver seu corpo todo.
Que susto! Só se conseguia ver os dentes e os olhinhos!
O pai, então, diz-lhe ternamente:
- Filho, viste que a camisa quase não se sujou; mas, olha só para ti. O mau que desejamos aos outros é como o que lhe aconteceu. Por mais que possamos atrapalhar a vida de alguém com nossos pensamentos, a borra, os resíduos e a fuligem ficam sempre em nós mesmos...




Cuidado com os teus pensamentos; eles transformam-se em palavras.
Cuidado com as tuas palavras; elas transformam -se em ações.
Cuidados com as tuas ações; elas transformam-se em hábitos.
Cuidado com os teus hábitos; eles moldam o teu caráter.
Cuidado com o teu caráter; ele controla o teu futuro.





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