«Tudo o que faz é admirável:
faz que os surdos oiçam e que os mudos falem».
O Evangelho deste domingo garante-nos, uma vez mais, que o
Deus em quem acreditamos é um Deus comprometido connosco, continuamente
apostado em renovar o homem, em transformá-lo, em recriá-lo, em fazê-lo chegar
à vida plena do Homem Novo. Este Deus que abre os ouvidos dos surdos e solta a
língua dos mudos é um Deus cheio de amor, que não abandona os homens à sua
sorte nem os deixa adormecer em esquemas de comodismo e de instalação; mas, a
cada instante, vem ao seu encontro, desafia-os a ir mais além, convida-os a
atingir a plenitude das suas possibilidades e das suas potencialidades. Não
esqueçamos esta realidade: na nossa viagem pela vida, não caminhamos sozinhos,
arrastando sem objectivo a nossa pequenez, a nossa miséria, a nossa debilidade;
mas ao longo de todo o nosso percurso pela história, o nosso Deus vai ao nosso
lado, apontando-nos, com amor, os caminhos que nos conduzem à felicidade e à
vida verdadeira.
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