“E vós, quem dizeis que Eu sou?”
Quem é Jesus? O que é que “os homens” dizem de Jesus? Muitos
dos nossos conterrâneos vêem em Jesus um homem bom, generoso, atento aos
sofrimentos dos outros, que sonhou com um mundo diferente; outros vêem em Jesus
um admirável “mestre” de moral, que tinha uma proposta de vida “interessante”,
mas que não conseguiu impor os seus valores; alguns vêem em Jesus um admirável
condutor de massas, que acendeu a esperança nos corações das multidões carentes
e órfãs, mas que passou de moda quando as multidões deixaram de se interessar
pelo fenómeno; outros, ainda, vêem em Jesus um revolucionário, ingénuo e
inconsequente, preocupado em construir uma sociedade mais justa e mais livre,
que procurou promover os pobres e os marginais e que foi eliminado pelos
poderosos, preocupados em manter o “status quo”. Estas visões apresentam Jesus
como “um homem” – embora “um homem” excepcional, que marcou a história e deixou
uma recordação imorredoira. Jesus foi apenas um “homem” que deixou a sua pegada
na história, como tantos outros que a história absorveu e digeriu?
“E vós, quem dizeis
que Eu sou?” É uma pergunta que deve, de forma constante, ecoar nos nossos
ouvidos e no nosso coração. Responder a esta questão não significa papaguear
lições de catequese ou tratados de teologia, mas sim interrogar o nosso coração
e tentar perceber qual é o lugar que Cristo ocupa na nossa existência…
Responder a esta questão obriga-nos a pensar no significado que Cristo tem na
nossa vida, na atenção que damos às suas propostas, na importância que os seus
valores assumem nas nossas opções, no esforço que fazemos ou que não fazemos
para o seguir… Quem é Cristo para mim? Ele é o Messias libertador, que o Pai
enviou ao meu encontro com uma proposta de salvação e de vida plena?
Meditando para o 24º Domingo do tempo comum do ano B - Dehonianos
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