quinta-feira, 6 de setembro de 2012







UM RICO POBRE



Era uma vez um homem muito rico. Possuía tantos negócios, tantas fábricas e tantos bancos, que todas as semanas recebia no seu palácio vários camiões carregados de dinheiro. Já não sabia onde colocá-lo, nem em que gastá-lo. De tudo o que gostava comprava: aviões, barcos, comboios, edifícios, monumentos, etc. Andava sempre à procura de coisas para comprar. Até que chegou um dia em que este homem já tinha tudo. Não havia nada que não tivesse; tudo era seu. Mas havia uma coisa que não conseguia ter e, por mais que comprasse coisas, nunca a encontrava; era a alegria. Nunca encontrou uma loja onde a vendessem. Empenhou-se em procurá-la, custasse o que custasse, porque era a única coisa que não tinha. Percorreu meio mundo à sua procura, mas não a encontrou.
Estando numa pequena aldeia, apercebeu-se de que um sábio velhinho o poderia ajudar. Vivia num alto de uma montanha, numa humilde e pobre cabana. Dirigiu-se até lá e quando o encontrou disse-lhe:
 - Disseram-me que o senhor me poderia ajudar a encontrar a alegria.
O velhinho olhou-o com um sorriso nos lábios e disse-lhe:
- Bom, já a encontrou, amigo. Eu tenho muita alegria.
O homem, espantado, respondeu:
- O senhor? Mas se o senhor tem apenas uma pobre cabana e pouco mais!
O velhinho respondeu:
- É verdade, e graças a isso tenho alegria, porque vou dando tudo o que tenho a mais a quem o necessita.
 O homem perguntou:
- E assim consegue-se a alegria?
O velhinho disse:
- Assim a encontrei eu.
 O homem foi-se embora pensativo. Passado algum tempo, decidiu-se a dar tudo aquilo de que não precisava aos que necessitavam. Com grande surpresa, descobriu que, fazendo isso já estava alegre. Tinha-se dado conta de que havia mais alegria em dar e fazer felizes os outros, que em receber e ter coisas sem as partilhar.


Para reflectir…
Recorda momentos em que estiveste mais alegre e feliz. Estavas só ou acompanhado? Donde te vinha essa alegria?






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