sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Catequese 10º ano






Somos Comunhão


Muitas das vezes é difícil definirmos Unidade. Contudo, facilmente identificamos situações em que se sente a falta dela: na nossa família ou turma, na nossa escola, na Igreja… Bem sabemos que é impossível cada um viver por si e para si. Sabemos que é necessário aceitar o outro nas suas características pessoais. Mas, para nós cristãos, onde está essa fonte de Unidade?

Vejamos João 15, 1-8. Jesus fala-nos no contexto da Última Ceia e, por sua vez, São João escreve-nos durante uma Igreja que germina. Destes tempos, fica-nos aquela ideia do Amor e Unidade que havia entre os Cristãos (“Vede como eles se amam!”) e que os Atos dos Apóstolos tão bem ilustram. Porém, o simples facto de durante as perseguições haver quem permanecesse firme na Fé até ao fim e quem vacilasse, começava a criar fendas e divisões na Igreja.
Nesta passagem do Evangelho, fica-nos uma certeza: a fonte da Unidade entre nós é Cristo. A fonte dessa Unidade é a nossa própria Unidade e intimidade com Cristo. Tal e qual a videira, o nosso alimento (a nossa seiva) deve ser a Palavra de Cristo. Esse deve ser o alimento e energia que nos move. Assim, se com o contributo de muitos o trabalho der frutos, haverá comunhão (communio). Desse contributo que se complementa para o mesmo fim, surgirá entre nós a Unidade.
Tal como a própria liturgia nos indica, se o nosso alimento comum se buscar à mesa da Palavra e da Eucaristia, a nossa energia tenderá à Unidade, pois andaremos ao ritmo do Espírito. Há que permanecer unidos a Jesus. Aceitar o desafio de permanecer!

 Foi num contexto de divisão e guerra que surgiu com um novo fulgor este ideal da Unidade. Vivia-se a 2ª Grande Guerra e Chiara Lubich e as suas companheiras, ao abrir o Evangelho, surpreendiam-se pela oração que Jesus pouco antes de morrer pronunciava: «Pai, que todos sejam uma coisa só» (Jo 17,21). Elas perceberam que aquela seria a “sua” passagem evangélica: viver para a unidade dos homens com Deus e entre eles. No início, diante da grandeza da missão, o desânimo entristeceu-as. Mas, aos poucos, o Senhor fê-las entender que a missão “era como aquela de um menino que lança uma pedra na água e, ao redor daquela pedra, se fazem muitos círculos, cada vez maiores, que parecem quase infinitos”. Entenderam que “deveríamos criar a unidade ao nosso redor, no ambiente onde estamos, e que depois – quando já estivéssemos no Céu – 
iríamos ver círculos gigantescos, até que no fim dos tempos se realizariam os planos de Deus. Para nós foi claro, desde o primeiro momento, que esta unidade possuía um único nome: Jesus. (…) De fato somente Cristo pode fazer de dois um, porque o Seu amor, que é anulação de Si,

que é ausência de egoísmo, faz-nos entrar profundamente no coração dos outros.”





Sem comentários:

Enviar um comentário