Buscar sem cessar!
Os Magos eram homens sábios, mas inquietos e insatisfeitos,
inconformistas, sedentos da verdadeira luz da verdade, da justiça, do amor; no
mais fundo de si mesmos, buscavam a Deus e, caminhavam para Ele. Para O
encontrar, não ficaram sentados comodamente, nos seus gabinetes, nas suas
certezas e seguranças, como Herodes, mas puseram-se a caminho!
Na verdade, a
inquietação do homem por Deus e, a partir dela, a inquietação de Deus pelo
homem, não nos devem dar tréguas! A fé é isto mesmo: deixar-se interiormente
tocar por Deus e dispor-se a buscá-l’O, entre as luzes e sombras do caminho.
Vede: os Magos começaram por ver uma Estrela, caminhavam iluminados pelo desejo
de ver a Deus, mas, a certa altura, deixam de ver a Estrela e têm de prosseguir,
buscando outras fontes de luz, tomando a Palavra das Escrituras como farol dos
seus passos! Assim se vê, que a fé não é nunca um dado adquirido! Esta fé pode
diminuir ou aumentar de intensidade, como pode apagar-se ou reacender-se perante
as dificuldades. Uma fé, sem os altos e baixos, da visão e da obscuridade, da
confiança e da dúvida, da incerteza e da adoração, é uma fé morta, tal como uma
linha contínua denuncia falta de batimentos no coração! Por isso, nunca podemos
“descansar” no caminho da fé. É preciso caminhar sempre, desassossegados, na
busca de Deus, no encalço da sua luz! O fulgor desta luz da fé aumenta quanto
maior for o desejo e mais persistente for a nossa busca de Deus!
Meditando para a Epifania do Senhor do ano A - ABC da catequese
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