“Senhor,
deixa-a mais um ano…”
No tempo de Jesus,
acreditava-se que os males que sofremos são castigos de Deus pelos pecados
cometidos. Jesus faz ver aos seus ouvintes que não, isso não é assim. Eis
porque, no Evangelho Ele nos diz que as dezoito pessoas que morreram esmagadas
pela torre de Siloé não eram mais pecadoras que as outras. Todos sabemos que há
pessoas muito más que vivem como reis, e que há pessoas muito boas que padecem
muito. E é certo que nos podemos questionar: Porquê, Senhor? Mas o Senhor não
veio ao mundo para nos explicar a razão dos nossos males. Veio para lutar
contra o mal e para o sofrer na sua própria carne, dando a vida por todos.
A nós não nos é
pedido tanto, mas que façamos todo o bem que pudermos, todos os dias.
Deus dá-nos neste
mundo o tempo de uma vida inteira para fazermos o bem, um tempo que jamais
poderemos repetir.
Durante três anos
aquele homem do Evangelho tinha ido à procura do fruto da sua figueira…
Cada um de nós é
essa “figueira de Deus” sem frutos, pela qual Deus espera mais um ano.
Há quanto tempo
Deus está à espera, ou terá ainda de esperar, até encontrar em nós o fruto das
boas obras?
Meditando para o 3º Domingo da Quaresma do ano C
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