Continuamos a acompanhar as aventuras da Ana, do Ciro, do Justino e do Marco, um grupo de meninos, no tempo do Imperador Nero, em que os cristãos eram perseguidos pelos soldados romanos.
Ciro era um menino com talento para fazer malabarismos; um dia, é capturado pelos soldados romanos e levado para trabalhar no circo de Flávio como “Ciro, o príncipe dos malabaristas”. Interessado em lucrar com os talentos de Ciro, em troca disso, Flávio coloca-o a viver num quarto belo e espaçoso, manda oferecer-lhe toda a comida e brinquedos que ele quisesse, mas tudo isto em troca de muito trabalho de Ciro!
Dando pela sua falta, os amigos de Ciro vão à sua procura para tentar libertá-lo dali, mas ele estava tão deslumbrado com tudo o que lhe ofereciam, que recusa a ajuda dos amigos.
Um dia, os escravos revoltam-se e pegam fogo a tudo, Flávio acusa injustamente Ciro de ter sido ele a incentivar aquela revolução. Desiludido, Ciro consegue fugir e arrepende-se de ter recusado a ajuda dos seus amigos de sempre. “Eles nunca me vão aceitar de volta!..”, pensa.
Mas os seus amigos ficam tão felizes por o verem de volta que acabam por perdoá-lo!
Esta história fala-nos sobre a importância da amizade, da humildade, do arrependimento, do perdão. Assim como esta outra história, contada por Jesus, que o padeiro Ben conta a este grupo de amigos:
“ Um homem tinha dois filhos. O mais novo disse ao seu pai: ‘Pai, quero a minha parte da herança’. Assim, ele repartiu a sua propriedade entre eles. Não muito tempo depois, o filho mais novo reuniu tudo o que tinha, e foi para uma região distante; e lá desperdiçou os seus bens vivendo irresponsavelmente. Depois de ter gasto tudo, houve uma grande fome em toda aquela região, e ele começou a passar necessidades. Por isso foi empregar-se com um dos cidadãos daquela região, que o mandou para o seu campo para cuidar de porcos. Ele desejava encher o estômago com as vagens de alfarrobeira que os porcos comiam, mas ninguém lhe dava nada. Caindo em si, ele disse: ‘Quantos empregados do meu pai têm comida de sobra, e eu aqui, morrendo de fome! Vou pôr-me a caminho, voltarei para o meu pai, e lhe direi: Pai, pequei contra o céu e contra ti. Não sou mais digno de ser chamado de teu filho; trata-me como um dos teus empregados’.
A seguir, levantou-se e foi para o seu pai. Estando ainda longe, o seu pai viu-o e, cheio de compaixão, correu para o filho, abraçou-o e beijou-o.
O filho disse-lhe: ‘Pai, pequei contra o céu e contra ti. Não sou mais digno de ser chamado teu filho’. Mas o pai disse aos seus servos: ‘Depressa! Tragam a melhor roupa e vistam-no. Coloquem um anel no seu dedo e calçado nos seus pés. Tragam o novilho gordo e matem-no. Vamos fazer uma festa e comemorar. Pois este meu filho estava morto e voltou à vida; estava perdido e foi achado’. E começaram a festejar.”
Lc 15, 11-33
Deus é como o pai que corre até nós quando vamos ao Seu encontro. É como o pai que se alegra quando nos perdemos e voltamos a encontrar o caminho de volta para Ele.
De que formas isto nos inspira na nossa vida?....
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