Quantas vezes somos interpelados sobre de qual lado estamos. Uma questão muito dualista que nos obriga a tomar posição e a assumir as nossas responsabilidades, com certeza.Mas a pergunta de hoje poderia ter outro sentido. De que lado fomos colocados?Esta situação depende naturalmente das nossas obras, das nossas atitude, do caminho que decidimos trilhar na nossa vida. A posição em que vamos ser colocados depende disso. Somos nós que escolhemos a posição em que queremos ficar. Deus vai aparecer como juíz que vai julgar segundo o que nós lhe apresentarmos.Poderá acontecer não termos consciência dos nossos actos. Se a nossa vida está impregnada dos valores e critérios do Evangelho, é natural que as nossas acções e atitudes surjam de forma tão natural e espontânea que nem nos apercebemos, de facto, do bem que fazemos. Por isso, não será de estranhar que possamos fazer a pergunta: Mas quando é que fizemos isso? É bom, sim, que façamos tudo de forma espontânea; que das nossas mãos saia a generosidade, a partilha, a atenção ao outro, a alegria de viver, a esperança com a maior naturalidade. Esta é uma atitude e uma forma de estar na vida de quem bebeu no berço a graça que vem de quem tem Deus no coração.Também pode acontecer não termos consciência dos nossos actos porque andamos distraídos, desatentos e preocupados com coisas de somenos importância, coisas que nos prendem ao material e nos desligam do essencial, das pessoas e, portanto, também de Deus.
P. Manuel Joãoin DIÁLOGO 1181 -
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