quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Chocolate quente



Um grupo de jovens, recentemente formados, todos bem sucedidos nas suas carreiras, decidiu fazer uma visita a um velho professor, agora reformado.
Durante a visita, a conversa dos jovens alongou-se em lamentos sobre o imenso stress que tinha tomado conta das suas vidas e do seu trabalho…
O professor ouviu com atenção, mas não fez qualquer comentário sobre o assunto; e convidou o grupo a tomar uma chávena de chocolate quente. Mostrando interesse na gentileza, o professor dirigiu-se à cozinha, de onde regressou uns minutos depois com uma chaleira e uma quantidade de chávenas, muito variadas – de fina porcelana e de rústico barro, de simples vidro e de cristal. Umas com aspecto vulgar e outras até de valor elevado. Colocou os jovens à vontade, para que se servissem sem cerimónia. Quando já todos tinham uma chávena de chocolate quente na mão, disse-lhes:
- Reparem como todos procurámos escolher as chávenas mais bonitas e mais raras, deixando ficar as mais vulgares e baratas… Embora seja normal que cada um pretenda para si o melhor, o mais atraente, talvez possa estar aqui a explicação dos vossos problemas e stress… A chávena por onde estais a beber não acrescenta nada à qualidade do chocolate quente. Na maioria dos casos é apenas uma chávena mais requintada e algumas não deixam ver o que estais a beber. O essencial é o chocolate quente, não a chávena; mas fomos, mais ou menos conscientemente, para as chávenas melhores…
Enquanto todos confirmavam, mais ou menos embaraçados, a observação do professor, este continuou:
- Consideremos agora o seguinte: a vida é o chocolate quente; a casa, o carro, o dinheiro e a posição social são as chávenas. Estes são apenas meios para conter e servir a vida. A chávena que cada um de nós possui não define nem altera a qualidade da nossa vida. Por vezes, ao concentrarmo-nos apenas na chávena, acabamos por nem apreciar o chocolate quente que Deus nos oferece.





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