segunda-feira, 13 de junho de 2011

Sopro de Deus




Estávamos a reflectir sobre o Evangelho de envio dos Apóstolos e a infusão do espírito Santo:
“ Jesus disse-lhes: assim com o Pai me enviou, também Eu vos envio a vós. Dito isto, soprou sobre eles e disse-lhes: Recebei o espírito Santo…”
- Quem quer dizer porque é que Jesus soprou sobre os seus discípulos?
Um garoto respondeu com simplicidade:
- Para os empurrar e irem mais depressa.

Não era essa a resposta que eu esperava mas afinal o mesmo Espírito continuava a inspirar estas ideias. Pus de parte as complicadas reflexões teológicas, que tinha preparado, e deixei-me envolver por esta linguagem simples e sugestiva, tão ao jeito do mesmo Espírito.
De facto o Espírito Santo dá-nos a força e a urgência das coisas.
Predispõe-nos a partir.
É esse sopro que nos empurra, que nos dá a responsabilidade de profetas e enviados.
O Espírito é “pneuma”, ar, sopro ou vento.
É ele que nos faz mexer porque é acção ou dinamismo.
Ninguém o pode agarrar ou guardar só para si, pois é Espírito de unidade e de comunhão.
Sopra onde quer, não tem grades ou cadeias, é Espírito de liberdade.
Não se vê mas sente-se, pois é humildade e discrição.
Envolve-nos por dentro e por fora porque é afago e amor.
É vento ou sopro que varre e limpa como Espírito de purificação.
Sendo ar, oxigénio, respiração, é vida.
É este sopro que nos leva longe.




Meditando para o Domingo de Pentecostes do ano A
Dehonianos


 

Sem comentários:

Enviar um comentário