sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Catequese 10º ano






Um Povo Carismático

 Como numa árvore as raízes, tronco ou folhas não vivem uns sem os outros, o mesmo acontece em nós, Igreja. De facto, há um sem número de “serviços” na Igreja. Os diversos grupos, poderão, de alguma forma, ser denominados por serviços da Palavra (o caso dos Catequistas, os grupos Bíblicos), da Caridade (as conferências Vicentinas, a pastoral da Saúde) e da Liturgia (Acólitos, Grupos Corais, Leitores). Contudo, de facto, é difícil desligar um serviço do outro.
No segundo encontro, onde partimos da Palavra, chegamos a algumas ideias. Partimos da Primeira Epístola de São Paulo aos Coríntios (1Cor 12, 4-31). Já nesta altura havia grupos que consideravam o seu serviço / talento superior ao dos outros: o dom das línguas.
Em 1Cor 12, 4-11, São Paulo começa por nos dizer que a origem de todos estes serviços é o Espírito. A Unidade de todos nasce, pois, dessa origem e finalidade comum: o Espírito. Mais do que serviços (a expressão “dar” nestes versículos assim o sublinha), falamos de Dom de Deus. Esses serviços são Dom, Graça que Deus concede ao Seu povo pelo Amor que lhe tem.
Continuando em 1Cor 12, 12-26, refletimos que a grande variedade de dons torna-nos o Corpo de Cristo, o Corpo Místico de Cristo. Somos nós, Igreja, o Corpo de Jesus. As mãos que continuam a acarinhar, os pés que vão anunciar, o coração que palpita… O Ressuscitado que vai ao encontro do mais fragilizado, do aparentemente menos “honroso ou digno”. Isto, quer dizer, assim o façamos! Da mesma forma que um corpo mutilado não é pleno, também uma Igreja que afasta ou se divide deixa de ser um Corpo muito funcional. 
Já em 1Cor 12, 27-31 pensamos um pouco numa ordem que pode haver entre os diversos membros. Mais do que uma hierarquia de importância e divisão, há membros deste corpo que precisam de uma maior força deste Espírito. São, por exemplo, os nossos ministros ordenados (o Papa e os outros Bispos, sacerdotes ou diáconos). A graça de Deus não é um prestígio, mas algo que, até nós, devemos pôr ao serviço deste Corpo.
E como de Dons falávamos, relemos Mateus 25, 14-30. Quais os talentos que cada um possui? O que tenho feito com eles? Temos posto esses talentos ao serviço de todos ou escondemo-los por comodidade e medo?

No fim da catequese, os nossos jovens foram convidados a ver um quadro especial, um quadro onde está representado o futuro da Igreja. Um quadro que retrata fielmente o que podemos esperar da Igreja no futuro, a partir de hoje. O quadro era, afinal, um espelho. Somos a Igreja de hoje e de amanhã. Não esperes dela aquilo que não queres dar. Não esperes dela o talento que escondes!

Sem comentários:

Enviar um comentário