Um povo Orante
Foi assim que começamos a nossa catequese há cerca de duas semanas.
Muitas vezes, sabemos tudo sobre algumas pessoas famosas, sobre estrelas. Contudo, nunca entramos numa verdadeira relação com elas. Isso acontece com Deus. Podemos saber imenso sobre a figura de Jesus, sobre a sua vida e todos os pormenores do Evangelho. Contudo, se não nos encontramos com Ele Vivo e Ressuscitado e o escutamos, não poderemos ter a relação de amizade que queremos.
A oração não é apenas um conjunto de preces já estabelecidas, uma rotina ou um “picar o ponto”. Pode ser um simples encontrar de amigos. Um rever do dia e um tomar de decisões juntos. É um encontro onde, dois amigos, se vão revelando um ao outro.
Muitas vezes, a nossa oração é apenas um enviar de Spam a Deus. Enviamos pedidos, agradecimentos e louvores, sem querer receber a resposta, sem ouvir Deus.
Com estas metas, no segundo encontro quisemos experimentar oração. Uma oração baseada na Palavra de Deus. Seguimos umas dicas da Fraternidade Missionária Verbum Dei.
Num espaço convidativo à oração e com um cântico, partimos para o Evangelho segundo São Marcos (Mc 9, 2-8). O episódio da Transfiguração. Assim, e após umas pistas (dicas) para ajudar a perceber esta passagem, entramos numa oração mais individual, mais profunda.
Começamos por preparar a Palavra. Relaxar, deixar de ouvir o ruído exterior. Contemplar uma imagem, uma vela… Escrevemos uma breve prece em que pedíamos ajuda de Deus para O escutarmos e dissemos-Lhe o quão importante seria ouvir a Sua voz naquele dia.
Lemos e relemos a passagem do Evangelho e detivemo-nos na frase / versículo que nos chamava mais a atenção. Depois, deixamos trabalhar um bocadinho a imaginação, “a louca da casa”, como lhe chamava Santa Teresa.
Imaginamo-nos naquela cena como se fosse um filme. Como se recuássemos no tempo, sentimos cada palavra, imaginamos cada reação, cada cena detalhada… e escrevemos tudo o que nos vinha à cabeça. As sensações que tivemos, o que apeteceria dizer, qual o rosto e tom de voz de Jesus… O que as pessoas à volta diziam e faziam…
Tentamos, ainda, escrever mais sobre o que entendíamos daquela frase / versículo que escolhemos e a forma como a interpretávamos para a nossa vida. Pensando na diferença que existe entre o pensar e agir de Deus e o nosso, decidimos o que tínhamos de mudar. Por fim, fizemos um compromisso sério. A Sua Palavra faz mudar mesmo! Pedimos força para mudar numa oração muito simples, como um filho que apenas confia no Pai.
A parte mais complicada começou aqui: Viver e anunciar aquela Palavra!
Terminamos com uma partilha. Sem querer entrar naquela relação pessoal de amizade que saiu fortificada, partilhamos as grandes dificuldades sentidas e a frase escolhida. Além do compromisso assumido individualmente, comprometemo-nos a dar mais espaço à oração e à Palavra.
Queres saber mais conclusões? Experimenta! Já te demos alguns passos. Experimenta a transfiguração que a Palavra te oferece!
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