“Dar tudo”
A forma como Jesus aprecia o gesto daquela pobre viúva não
deixa lugar a qualquer dúvida: Deus não valoriza os gestos espectaculares,
cuidadosamente encenados e preparados, mas que não saem do coração; Deus não se
deixa impressionar por grandes manifestações cultuais, por grandes e
impressionantes manifestações religiosas, cuidadosamente preparadas, mas
hipócritas, vazias e estéreis… O que Deus pede é que sejamos capazes de Lhe
oferecer tudo, que aceitemos despojar-nos das nossas certezas, das nossas
manifestações de orgulho e de vaidade, dos nossos projectos pessoais e
preconceitos, a fim de nos entregarmos confiadamente nas suas mãos, com total
confiança, numa completa doação, numa pobreza humilde e fecunda, num amor sem
limites e sem condições. O verdadeiro crente é aquele que não guarda nada para
si, mas que, dia a dia, no silêncio e na simplicidade dos gestos mais banais,
aceita sair do seu egoísmo e da sua auto-suficiência e colocar a totalidade da
sua existência nas mãos de Deus.
Meditando para o 23º Domingo do tempo comum do ano B - dehonianos
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