Para meditar...
“Bem -aventurados os pobres em espírito porque deles é o
reino do Céus”
Fizemos da santidade uma coisa tão extraordinária e inalcançável
que quase não ousamos falar dela. De certa forma, habituamo-nos a olhar para a experiência
cristã como que acontecendo a duas velocidades: o caminho dos santos, minoritário
e heroico, e a estrada poeirenta e inglória que é aquela de todos os outros. Ora,
esta conceção de santidade não pode estar mais longe daquilo que a tradição
cristã propõe. A santidade é a vocação mais comum e inclusiva que possamos
imaginar. O pecado é a banalidade do mal. A santidade é a normalidade do bem. A
santidade não é ser capaz de marcar o golo final: a santidade são as chuteiras.
A santidade não é o que tu alcanças no fim, mas aquilo que te é oferecido, de
graça, no início e a cada instante.
Se uma bem-aventurança exige e abre caminho a outra, está na
hora de enveredares por alguma delas. Começa por ser pobre, por abrir as mãos
para receber e doar. O senhor será a tua recompensa eterna.
D. José Tolentino Mendonça
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