quinta-feira, 4 de julho de 2013

Catequese 2º ano






Olá a todos,

Para começar quero dizer-vos que a festa da família foi o que realmente se pode chamar FESTA. Reinou alegria, amor a Deus e ao próximo. Foi sem dúvida um festejo em FAMILIA. Encontramo-nos na casa do PAI e juntos festejamos com alegria. Houve tempo para sorrir, cantar, meditar até para engordar. Houve tempo para amar Deus e o próximo. Foi uma grande festa que encheu os nossos corações de alegria, não houve angústias, tristezas, egoísmo, correrias. Foi lindo.

A essência da festa era a FAMÍLIA. Vale a pena reflectirmos um pouco sobre essa essência.

Todos nós temos uma família. Mas muitas vezes me pergunto, sabemos nós o que é Família?

Sabemos nós que é muito mais do que um conjunto de pessoas?

Há dias, li uma reflexão onde se comparava a família a uma colmeia. No início achei um disparate, mas ao longo da reflexão fui entendendo o que estava escrito nas entrelinhas. Cada membro da família tem uma tarefa a cumprir, visando o crescimento da pequena colectividade que exige o lar. No seio da família, na intimidade do lar, vai-se descobrindo operárias incansáveis, trabalhando sem cessar, não se importando consigo mesmas mas sim com a doação de AMOR – afinal na família “ SOMOS UM SÓ ”. Nela aprendemos a transformar o fel de todas as dificuldades, de todas as amarguras e incompreensões no mel das atenções e entendimento. E nesta colmeia familiar deve reinar AMOR, para sermos uma família verdadeiramente cristã na imensa colmeia do mundo – “SOMOS UM SÒ”

Será que as famílias de hoje ainda são uma colmeia?

Todos os dias me deparo com famílias saudáveis, bem estruturadas, autenticas colmeias, mas também com famílias doentes, desmembradas não só pela lei da natureza mas também porque se perderam no meio do caminho da vida. Pais que fizeram tudo, mas que no meio desse tudo alguma coisa falhou. Filhos que se perderam no meio do tudo ou talvez no meio do nada. Perante a realidade já não sei onde está a ferida, se no pé, no braço, no coração ou no seio daquelas famílias?! Essa ferida eu não sei tratar. Muitas vezes sinto que vai mais além do que aquilo que sou capaz de fazer, tratar ou cuidar. Sou enfermeira, a minha missão é ajudar o próximo a não sofrer. Que posso eu fazer quando não sei onde encontrar essa família que se perdeu? Sinto me impotente quando vejo uma família que deixou de “ SER UM SÒ” e que nada posso fazer, porque tudo foi destruído, até o AMOR a Deus e ao próximo.

São estas famílias que deviam festejar a FESTA da FAMÍLIA. Talvez conseguissem encontrar de novo o caminho da vida, do amor, da harmonia e Deus Pai. Talvez no meio desse festejo voltassem a “ SER UM SÓ “.

Deixo aqui esta pequena reflexão sobre a família. O stress do dia-a-dia, a crise (é o que esta na moda) muitas vezes o nosso egoísmo não nos deixa cumprir as tarefas que nos são incumbidas no seio do lar. Falhamos, culpamos tudo e todos, até mesmo Deus. Depois desculpamo-nos porque somos humanos e como tal podemos errar. Na família não pode haver erros. Só pode haver amor, respeito, apoio, dedicação – como diz a canção temos de “ SER UM SÒ ”.

Pais, filhos pensem um pouco sobre isto. Festejem todos os dias a FESTA da FAMÍLIA. Funcionem como uma verdadeira colmeia.

Conto convosco na próxima festa da família. Sim, porque também lá estarei com a minha família. Nesse dia cantaremos de novo “ SOMOS UM SÒ “, porque tudo fizemos para o sermos dentro desta grande comunidade a FAMÍLIA CRISTÃ. Juntos voltaremos a festejar alegria de sermos uma família cristã.

Umas boas férias em família.



Mãe Antónia Carvalho




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