segunda-feira, 22 de julho de 2013








Juntas, Marta e Maria acolhem a Sabedoria de Deus 

A virtude não tem apenas um rosto. O exemplo de Marta e de Maria mostram-nos a devoção activa nas obras de uma, e a atenção religiosa do coração à palavra de Deus na outra. 
Se a tal atenção estiver unida uma fé profunda, ela é preferível às obras: «Maria escolheu a melhor parte, que não lhe será tirada».
Esforcemo-nos portanto, também nós, por possuir aquilo que ninguém nos poderá tirar, escutando com ouvido atento e não distraído; porque por vezes acontece que o grão da palavra vinda do céu é tirado, se for semeado à beira do caminho (Lc 8, 5.12).

Anima-te pois pelo desejo de sabedoria, como Maria: essa é uma obra maior, mais perfeita. Que as preocupações com o serviço não te impeçam de acolher a palavra vinda do céu. Não se trata, porém, de reprovar a Marta os seus bons serviços: Maria tem preferência porque escolheu uma parte melhor. 
Jesus tem múltiplas riquezas, e distribui-as com prodigalidade; a mulher mais sábia reconheceu e escolheu o que é mais importante.

Também os apóstolos entenderam que era preferível não abandonar a palavra de Deus para servir às mesas (Act 6,2). Mas ambas as coisas são obras de sabedoria.
Com efeito, o corpo da Igreja é um, e se os seus membros
são diversos, têm necessidade uns dos outros: «Não pode o olho dizer à mão: «não tenho necessidade de ti», nem tão-pouco a cabeça dizer aos pés: «não tenho necessidade de vós» (1Cor 12,21). […] Se alguns membros são mais importantes, os outros são todavia necessários. A sabedoria reside na cabeça; a actividade, nas mãos.



Meditando para o 16º Domingo do tempo comum do ano C








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