A noitada com os filhos foi, de facto, encontro, partilha,
animação, comunhão com Jesus e com o próximo.
Começamos por acolher os pais e meninos que, aos poucos
foram chegando com o jantar e a disponibilidade de quem quer “pôr-se a jeito”
para um encontro fraterno entre irmãos que se reúnem por causa de Jesus.
Entre a brincadeira e a espera de quem ainda não tinha
chegado foi acontecendo a abertura e o diálogo que possibilita o estreitamento
dos laços que já nos vão unindo.
Demos início ao nosso jantar com as boas vindas e uma oração
de acção de graças pela disponibilidade de cada um e pelo alimento que iriamos
degustar.
O “ataque” á comidinha foi de imediato pois a hora já ia avançada e
as barriguitas já reclamavam. Foi a partilha daquilo que trouxemos e tudo
estava muito bom.
Saciados do alimento que sacia o corpo, foi a vez de nos
alimentarmos da Palavra que sacia a alma e essa, sem dúvida alguma, vem-nos do
próprio Jesus que se faz presente onde dois ou três estão reunidos em Seu nome.
Desta vez, Lucas, falou-nos das primeiras comunidades como
eram e o que faziam: reuniam-se em casa, á volta da mesa, eram assíduos ao
ensino dos apóstolos, à fração do pão, às orações e viviam em comunhão
fraterna. Era desta forma que cresciam no amor fraterno e na relação com Jesus
vivo e atuante.
Nesta noitada com os filhos identificamo-nos imediatamente
com estas primeiras comunidades de que Lucas nos falou. Estávamos ali reunidos
por causa de Jesus. Estávamos em comunhão com Jesus e com os irmãos, partilhando
a mesma Fé em Jesus vivo, partilhando o que tínhamos e o que somos, escutando a
palavra que nos coloca em sintonia com Jesus e unindo as vozes e o coração numa
oração partilhada e sincera.
Segundo a partilha feita, muitas foram as emoções que esta
refeição estava a suscitar: estávamos ali felizes, descontraídos, serenos e
entre amigos que, aos poucos, estão a fazer um caminho de fé e a fortalecer a
amizade que um dia nasceu por causa de Jesus.
Na Eucaristia acontece algo muito semelhante ao que ali estava
a acontecer. É na Eucaristia que a comunidade se reúne é volta de uma mesa onde
o pão e o vinho são o alimento que sacia a fome da alma de que tanto
precisamos. Na Eucaristia partilhamos a mesma fé, o nosso sorriso, o nosso
abraço, as alegrias e as tristezas, a oração escutada com o coração e a oração
cantada e rezada. É na Eucaristia que recebemos de Jesus a Sua vida e o Seu
amor para no dia a dia os colocarmos em prática com a alegria e serenidade
própria de quem tem Jesus consigo.
E não sentimos, todos nós, necessidade da alegria e da
serenidade que nos vem de Jesus e nos dão força para a semana que tantas vezes,
pela sua dureza e a nossa fraqueza, nos leva ao limite do cansaço e ao
desânimo?
Vale a pena vivermos ao jeito das primeiras comunidades de
que Lucas nos falava? Vale a pena vivermos em comunhão fraterna, aprendermos as
coisas de Jesus, sermos assíduos á Eucaristia e às orações?
A pergunta ficou no coração de cada um e a resposta será
aquela que Jesus espera de nós se deixarmos o Espírito actuar.
Bom, e a partilha continuou, desta vez com a sobremesa, o
cafezinho e com as animações que cada grupo preparou: Os pais prepararam um
Karaoke para os filhos, embora a parte técnica não estivesse ao melhor nível,
os pais estiveram pois o improviso fez-nos rir à gargalhada e revelou estrelas
do mundo da música e da magia.
Os meninos estiveram fantásticos na orquestra do mestre André animada e coreografada como só os filhos são capazes de o fazer aos olhos dos pais.
A natureza fala-nos de muitas maneiras. Saber escutar a natureza é saber escutar Deus que nos fala através dela. Tal como a natureza também nós temos maneiras próprias de falar com Deus, só precisamos de a encontrar e que ela nasça no coração.
Oferecemos aos meninos este pequeno conto para que eles o possam reler em família e meditar nele.
Boa semana com Jesus amigo e companheiro de todos os dias.
Maravilhoso! É tão bom ver o caminho que se faz por causa d'Aquele que nos amou primeiro! Fico feliz por continuarem a partilhar tantas alegrias entre vós e a suscitar nova esperança para o povo de Deus. Não estive convosco, mas ao ler esta notícia é como se lá estivesse. Vale a pena fazer-se ao caminho para estar em comunhão com o Pai e com os irmãos. Continuação de um bom trabalho. C.L.
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