Cada grupo, formado
de acordo com as horas do relógio que tinham recebido no início do encontro,
deveria escolher um porta voz, para em plenário, partilhar as conclusões a que
chegou.
Eis, de forma
sucinta, as conclusões dos grupos:
Grupo das
12H30:
“Onde está o
que procuramos?
Passamos a
vida à procura de algo, sem saber bem o
que procuramos. Algo que nos preencha! O Amor, a Paz, o encontro com
Deus …
Que fazer?
Ajudar o nosso semelhante. Percorrer o caminho que Deus nos ensinou, tentar
fazer das suas palavras a nossa vida.”
Grupo das 8H00:
“O nascimento da minha filha despertou-me para
a vida. O que me deu mais responsabilidades, mas também mais forças para lutar
e sobreviver.
Que caminho percorrer? Tantas
possibilidades de escolha. O que posso escolher? Existe o receio de fazer uma
má escolha. Todas as escolhas têm consequências boas e más …
Onde está Deus? Todos
perguntamos. Às vezes duvidamos que Ele exista, pois queremos que Ele seja
sempre a nossa solução mas, temos de ser nós a ultrapassar os problemas para
sermos mais fortes.
Rezamos e pedimos a Deus por nós.
Mas, nem sempre temos tempo para ouvir a Sua resposta. Estamos adormecidos na
roda do tempo.
Precisamos de despertar os nossos
sentidos. Mas como?
- Encontrar alegria, em cada
pequena coisa que fazemos.
- Tentar encontrar amor nas
pequenas coisas.
- Muitas vezes, rezar renova a
nossa energia e abre-nos à luz.”
Grupo das 5H00:
“Onde está o tempo para nós e
para os nossos?
A obsessão pelo trabalho e pelas
tarefas (domésticas ou não), muitas vezes sobrepõem-se ao que é, ou deveria
ser, mais importante na vida de cada um.
Muitas vezes funcionamos em modo
“automático” e é importante parar! Dar atenção aos filhos e as pessoas que nos
rodeiam.”
Grupo das 1H30:
“O que mais nos chamou à atenção,
e o que realmente constatamos, é que adormecemos no nosso dia a dia, caindo na
rotina e na monotonia da vida … esquecendo o que é mais importante: a
felicidade, a relação e amizade com os que nos rodeiam.
Tudo isto leva-nos a uma questão:
O que procuramos na vida? E, o que fazer para o encontrar?
Nesta reflexão concluímos que
toda esta monotonia, esta forma de vida, nos mantém afastados da Igreja e de
Deus… mas, no nosso dia a dia, há sempre alguma forma de mostrarmos que ainda
pudemos despertar!”
Grupo horas variadas:
“O que nos despertou?
- As múltiplas tarefas que
executamos no dia a dia não nos deixam tempo para pensar.
- O despertar de alguém para
ajudar a quem nada tem: medicina, calor humano, solidariedade, ajudar sem nada
em troca.
- Despertou-nos a frase: «Há
tantos caminhos para percorrer». Tantos caminhos para percorrer e não saber
para onde ir. No meio de tanta oferta, é muito difícil escolher o caminho certo
(correto).”
Foram as reflexões destes grupos
de pais, mas, com certeza, que muitos se revêm nestas reflexões, que exprimimos
com as nossas palavras. Mas há uma Palavra que não pudemos deixar de escutar. É
a palavra de Deus, que chegou até nós, através do apóstolo S. Paulo, na carta
que ele dirigiu ao povo romano.
Rm 13, 11-12: “Sabeis em que tempo vivemos: já é hora de
acordardes do sono, pois a salvação está agora mais perto de nós do que quando
começámos a acreditar. A
noite adiantou-se e o dia está próximo. Despojemo-nos, por isso, das obras das
trevas e revistamo-nos das armas da luz.”
S. Paulo começa por nos perguntar
se sabemos em que tempo vivemos. Como se fosse possível não sabermos. Mas, é
precisamente por vivermos este tempo, que devemos despertar. Temos estado
adormecidos e instalados.
Jesus disse várias vezes:
"Estai atentos e despertos”. Era a sua grande preocupação: a de que o fogo
inicial se apagasse e os seus seguidores ficassem adormecidos. É o grande risco
dos cristãos: acomodarmo-nos confortavelmente nas nossas crenças,
"acostumarmo-nos" ao evangelho e viver adormecidos na prática
tranquila de uma religião parada. Como despertar?
Primeiro é preciso olhar para
Jesus e sintonizarmo-nos com a primeira experiência que desencadeou tudo. Não
basta seguir "corretamente" a tradição. Temos de enraizar a nossa fé
na pessoa de Jesus, nascer de novo do Seu Espírito. Só Jesus nos leva de volta
ao essencial.
É necessário reavivar a
experiencia de Deus. O essencial do Evangelho não se aprende, cada um deve-o
descobrir no seu interior como Boa Nova de Deus. Temos de aprender e ensinar os
caminhos que nos levam a Deus.
Jesus durante a Sua vida e na Sua
relação com Deus, não olhava ao pecado, à moral ou à lei, mas sim ao sofrimento
das pessoas. Jesus amava os que sofrem acima de tudo e de todos. Não seguimos os
passos de Jesus, se nos preocupamos mais com a religião do que com o sofrimento
das pessoas. A fome, a humilhação, o sofrimento têm de nos comover como
aconteceu com Jesus.
O Advento é um tempo apropriado
para reagir. Não devemos esperar pelos outros.
Cada um de nós deve colocar de
lado a indiferença, a rotina e a passividade que nos fazem viver adormecidos.
De que modo pudemos permanecer
despertos? Escutando a Palavra de Deus e pondo-a em prática. Permanecer ligado
a Jesus através da oração.
Escutamos a Palavra de Deus, que
vem sempre ao nosso encontro, e rezamos. Será que não há mais nada para
fazer?
A escuta da Palavra e a Oração
dão-nos a capacidade de mudarmos a nossa vida. Mas, para que isso aconteça, é
preciso que cada um tenha vontade própria para a mudar. É preciso inverter
valores, mudar rotinas e alargar o horizonte.
Deste encontro levamos o
compromisso de não nos esquecermos que tempo é este: É tempo de:
“DESPERTAR OS SENTIDOS PARA DEUS”
Para ter sempre presente o nosso
compromisso, ao longo da caminhada de Advento, cada família vai construir o seu
próprio relógio. Cada quarto do relógio deverá reflectir a caminhada que
fizemos para estar despertos e atentos, aos outros e a Jesus.
Enquanto o encontro com pais
decorria, os mais pequenos estavam na sala de catequese, também eles a falar de
Advento. E, para facilitar a vida aos pais, eles foram adiantando o trabalho do
relógio, fazendo, cada um, o projecto do seu.
Estamos ansiosos de ver esses
relógios …
Continuação de boa semana com Jesus e até sábado...
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