É normal que toda a pessoa procure ser reconhecida; a sua dignidade depende disso. Mas, será necessário, para ser reconhecido, procurar passar à frente dos outros, sem qualquer escrúpulo?
O Evangelho propõe-nos uma inversão de valores: são os discípulos a pedir que Deus faça a sua vontade em vez de procurarem fazer a vontade de Deus; é Jesus que diz que só é grande quem for servo; só é o primeiro quem se colocar em último lugar, servindo em vez se procurar ser servido.
Jesus não vem dar conselhos, começa por oferecer o seu testemunho. Ele, que era de condição divina, tomou o lugar de escravo e Deus elevou-O e deu-Lhe um Nome que ultrapassa todo o nome. Jesus não prega o abaixamento pelo abaixamento. Quem escolhe o serviço é elevado ao lugar de "grande", Deus dá o primeiro lugar a quem escolheu o último.
No Novo Testamento muitas vezes de fala da nossa Salvação como um Mistério da Solidariedade de Cristo. Esta palavra é muito forte e profunda: Solidariedade de Cristo. Mas, Solidariedade em quê e porquê? Como diz a Carta aos Hebreus, ele é nosso Companheiro de Tribulação, ele sabe o que a vida custa, ele sabe o quanto alguns dias doem, ele sabe o que é chorar e gemer de angústia e de medo, ele sabe o que é pedir a alguém que o livre daquela hora, que a faça passar depressa antes que não aguente mais... Ele Sabe!
É esse o mistério mais profundo da Sua Solidariedade connosco: Solidário no Sofrimento e na Debilidade. Somos de Cristo nas nossas fraquezas! Então, aproximemo-nos Dele com toda a confiança!
Meditando para a XXIX Semana Tempo Comum Ano B
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