segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Os apóstolos tinham com que ficar desconcertados… e nós com eles! É , verdadeiramente necessário abandonar tudo, nada possuir, ser “pobre como Job”, ou , como Francisco de Assis, para ser discípulo de Cristo? Mas isso é irrealista e , impossível! Olhemos um pouco mais de perto! Na primeira parte do diálogo, o jovem , comete o mesmo erro dos fariseus. Fica-se pelo “fazer”. Para eles, a Lei era a norma , suprema e a sua observação escrupulosa, o único meio para obter de Deus a , salvação. Religião severa e exigente, sem dúvida, que tinha a sua grandeza. Ora, , Jesus convida o homem rico a passar para outro registo. De repente, não se trata de , vida eterna a ganhar, mas de seguir Jesus. Como se a vida eterna fosse estar com , Jesus! Eis a grande transformação que Jesus vem provocar. Não se trata primeiro de , fazer esforços para obedecer a mandamentos, trata-se primeiro de entrar numa , relação de amor com Jesus. Mais profundamente ainda, trata-se primeiro de descobrir , que Jesus, Ele em primeiro lugar, ama-nos. Eis porque a referência de Marcos é fundamental: “Jesus olhou para ele com simpatia (amor)”. É este olhar que transforma , tudo.
Jesus quer fazer compreender ao homem rico que lhe falta o essencial: deixar-se , amar em primeiro lugar, descobrir que todos os seus bens materiais nunca poderão , preencher esta necessidade vital para todo o homem de ser amado. Senão, é , impossível aprender a amar. As riquezas são mesmo um obstáculo ao amor, porque , este, para ser verdadeiro, diz ao outro: “Preciso de ti. Sem ti, serei pobre em , humanidade”. As riquezas do homem impediram-no de ler tudo isto no olhar de Jesus. ,
O homem partiu. Mas Jesus não lhe retirou o seu amor, acompanhou-o sempre com o , seu olhar de amor, como o pai do filho pródigo.
Meditando para XXVIII Domingo do tempo comum- Dehonianos

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