segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011
Para lá das coisas...
Um rico industrial horrorizou-se quando viu um pescador tranquilamente recostado na sua barca fumando um cachimbo. Perguntou o industrial:
- Porque não foste pescar?
Respondeu o pescador:
- Porque já pesquei bastante hoje.
O Industrial insistiu:
- E porque não pescas mais do que aquilo que necessitas?
Perguntou por sua vez o pescador:
- E que ia eu fazer com isso?
A resposta foi esta:
- Ganharias mais dinheiro. Desse modo, poderias pôr um motor na tua barca. Então poderias ir a águas mais profundas e pescar mais peixes. Ganharias o suficiente para comprar umas redes de nylon, com as quais obterias mais peixe e mais dinheiro. Ganharias para teres duas barcas… e até uma verdadeira frota. Chegarias a ser rico como eu.
O pescador de novo perguntou:
- E que faria então?
Respondeu o industrial:
- Poderias sentar-te e desfrutar de vida!
O pescador feliz respondeu:
- E que pensas que estou eu a fazer neste preciso momento?
O industrial só pensa em ganhar cada vez mais dinheiro, porque não vê outra coisa de mais importante na vida do que o dinheiro, e o pescador deseja apenas viver feliz.
Não é um conto a elogiar a preguiça, mas a querer realçar que podemos ser prisioneiros da ganância. Deixamos de ser livres para viver felizes, porque somos totalmente dominados pelo instinto de posse.
Jesus liberta-nos da ilusão de que a felicidade consiste em ter em abundância e convida-nos a não nos deixarmos escravizar mas a vivermos como pessoas livres para desfrutarmos a vida, livres para partilharmos o que temos pelos outros, livres para edificarmos um mundo mais justo e fraterno.
Senhor da vida simples,
Ensina-nos a caminhar
Levando connosco apenas o necessário.
Meditando para o 8º Domino do tempo comum do ano A
Bons dias-dias (Oração jovem) Edições Salesianas
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