Ver para além das aparências…
Na escuta da Palavra, está de certo modo a luta entre dois mundos: o visível e o invisível. É uma história sempre muito actual! A nossa reacção espontânea consiste em dar importância àquilo que é visível, palpável, mensurável. O que está para além das aparências é, à partida, suspeito de não ter consistência, de ser uma ilusão.
Jesus, porém, vê para além das aparências. Ele vê a fé do paralítico e dos quatro homens que o transportam. Mais profundamente, Ele vê as paralisias interiores que bloqueiam este homem e não propriamente a sua deficiência física.
Se Jesus vê para além das aparências, é porque Ele junta o seu olhar ao olhar do seu Pai sobre o paralítico. Ele sabe que o Pai tem um olhar de amor para com ele, porque “Deus é Amor” e não pode senão amar. E Jesus vê também que o paralítico não descobriu ainda este amor infinito e gratuito, que é a raiz última do seu ser. Jesus revela ao paralítico o amor do Pai, dando-lhe a saúde do corpo e do coração. Revela-lhe mesmo que os seus pecados não podem impedir o Pai de o amar.
A oração ajuda-nos a permanecer num espírito de paz e harmonia, porque nela contemplámos o amor do Pai, que nos apaixona. Na oração reconhecemos a sua voz, e o seu amor alcança-nos de tal forma que desejamos permanecer N’Ele.
Deus Pai deixa-se ver, deixa-se encontrar, dá-se a conhecer. Quando a fé enfraquece e a esperança não se anima, quando o amor se apaga e a rotina nos invade … é a oração que falta.
“O mais importante na nossa vida é saber a quem pertencemos.”
Meditando para o 7º Domingo do tempo comum do ano B
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