Para isso, contamos coma presença de Frei Bernardo d’Almeida, professor na Faculdade de Teologia da UCP (Porto). Pedimos que nos ajudasse à reflexão em torno da figura de Maria, neste ano em que celebramos os 50 anos desde a primeira Eucaristia na Ponte e os 100 anos de Fátima. E que feliz coincidência!
Começamos por falar de Maria, partindo do seu título de Nossa Senhora da Ponte e interpretando, também, a sua imagem presente na nossa Capela. Fizemos, ainda, uma abordagem à figura de Maria no Evangelho (partindo de Lc 1, 26-38) e às visões de Fátima.
Apesar da sua essencialidade para o nosso caminho, nenhum de nós se deterá e ficará sobre uma ponte. A ponte é travessia de duas margens, aponta algo maior, que a ultrapassa. Assim é Maria nos Evangelhos, assim é Maria, Senhora da Ponte. Conduz-nos a Cristo, fugindo a todos os protagonismos, subtraindo-se a muitas atenções. É caminho a percorrer, percurso a atravessar desde aqui até Deus. Maria, como vemos na nossa imagem, limita-se a mãos abertas que oferecem Jesus. O grande papel de Maria, no silêncio e discrição, é oferecer e conduzir a Jesus.
Mãos abertas e vazias, prontas a receber e a acolher. Sentada e de olhar fixo e cativado por uma realidade bem maior do que Ela e que a abraça. É o que vemos, entre tanta coisa, nesta imagem e no episódio da Anunciação: cheia de graça, plena de Deus, porque completamente vazia de si. Maria, pensante, que não acolhe sem se questionar, sem se avaliar. Qual colaboradora ativa da graça, de um Deus que não nos usa como meros instrumentos.
Como não podia deixar de ser, é o Evangelho que ressoa em Fátima. Atendendo à espiritualidade da época e ao relevo que a figura de Maria sempre assumiu na História de Portugal, torna-se mais fácil abordar Fátima. A figura dos Pastorinhos, figuras exemplares da oração levaram-nos a pensar Lúcia de Jesus. É a Pastorinha, cujo lema foi “Tudo pela Mensagem” e que soube retirar-se, na consciência da mensagem ser muito superiora ao mensageiro. A comparação entre Lúcia e Maria é clara.
Houve, ainda, espaço a questões que se foram levantando. Exemplo foi o questionar o porquê dos títulos de Mãe e Mulher que vemos no Evangelho segundo São João. A mulher fidelíssima a Deus, papel do qual não se pode dissociar o papel de mãe. Outro aspeto que permitiu uma curiosa reflexão foi a questão do sacrifício e da reparação, tão presente na Mensagem de Fátima.
Nos 100 anos de Fátima e 50 de Ponte, poderíamos repetir o toque de humor e de desafio com que nos deixou o Prof. Doutor Bernardo d’Almeida. Após 50 anos em Fátima, Maria decidiu vir mais a norte e falar, ainda mais de perto, às gentes da Ponte, em Rio Tinto. Saibamos escutá-la e imitá-la.
Com Maria, a Ponte para Deus.
Começamos por falar de Maria, partindo do seu título de Nossa Senhora da Ponte e interpretando, também, a sua imagem presente na nossa Capela. Fizemos, ainda, uma abordagem à figura de Maria no Evangelho (partindo de Lc 1, 26-38) e às visões de Fátima.
Apesar da sua essencialidade para o nosso caminho, nenhum de nós se deterá e ficará sobre uma ponte. A ponte é travessia de duas margens, aponta algo maior, que a ultrapassa. Assim é Maria nos Evangelhos, assim é Maria, Senhora da Ponte. Conduz-nos a Cristo, fugindo a todos os protagonismos, subtraindo-se a muitas atenções. É caminho a percorrer, percurso a atravessar desde aqui até Deus. Maria, como vemos na nossa imagem, limita-se a mãos abertas que oferecem Jesus. O grande papel de Maria, no silêncio e discrição, é oferecer e conduzir a Jesus.
Mãos abertas e vazias, prontas a receber e a acolher. Sentada e de olhar fixo e cativado por uma realidade bem maior do que Ela e que a abraça. É o que vemos, entre tanta coisa, nesta imagem e no episódio da Anunciação: cheia de graça, plena de Deus, porque completamente vazia de si. Maria, pensante, que não acolhe sem se questionar, sem se avaliar. Qual colaboradora ativa da graça, de um Deus que não nos usa como meros instrumentos.
Como não podia deixar de ser, é o Evangelho que ressoa em Fátima. Atendendo à espiritualidade da época e ao relevo que a figura de Maria sempre assumiu na História de Portugal, torna-se mais fácil abordar Fátima. A figura dos Pastorinhos, figuras exemplares da oração levaram-nos a pensar Lúcia de Jesus. É a Pastorinha, cujo lema foi “Tudo pela Mensagem” e que soube retirar-se, na consciência da mensagem ser muito superiora ao mensageiro. A comparação entre Lúcia e Maria é clara.
Houve, ainda, espaço a questões que se foram levantando. Exemplo foi o questionar o porquê dos títulos de Mãe e Mulher que vemos no Evangelho segundo São João. A mulher fidelíssima a Deus, papel do qual não se pode dissociar o papel de mãe. Outro aspeto que permitiu uma curiosa reflexão foi a questão do sacrifício e da reparação, tão presente na Mensagem de Fátima.
Nos 100 anos de Fátima e 50 de Ponte, poderíamos repetir o toque de humor e de desafio com que nos deixou o Prof. Doutor Bernardo d’Almeida. Após 50 anos em Fátima, Maria decidiu vir mais a norte e falar, ainda mais de perto, às gentes da Ponte, em Rio Tinto. Saibamos escutá-la e imitá-la.
Com Maria, a Ponte para Deus.
Luis Delindro.
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