segunda-feira, 9 de abril de 2018



Meditando para o 2º Domingo da Páscoa


“Meu Senhor e meu Deus!” 




      Há a “fé do carvoeiro”. Ela não coloca qualquer questão. Ela é, muitas vezes, em si mesma, muito sólida, não se deixa levar por qualquer dúvida. E há uma fé “inquieta”, que não fica em repouso, que procura compreender. A dúvida, então, faz parte desta fé.

      Tomé gostaria de acreditar no que lhe dizem os companheiros. Mas esta história da ressurreição de Jesus parece-lhe de tal modo fora da experiência humana, que ele pede para ver de mais perto. Não recusa crer, ele quer compreender melhor. A sua dúvida não é fechada, exprime um desejo de ser apoiada na fé. “Deixa de ser incrédulo, sê crente”. Mais do que uma reprovação, Jesus dirige-lhe um convite a ter uma confiança maior, total. Então, o Tomé da dúvida torna-se o Tomé que proclama a sua fé como nenhum dos seus discípulos o fez. Ele grita: “Meu Senhor e meu Deus!” A Igreja não abandonará jamais esta profissão de fé. Hoje ainda, ela termina grande parte das orações dirigidas ao Pai, dizendo: “Por Jesus Cristo, vosso Filho, nosso Deus e Senhor”. São as próprias palavras de Tomé que alimentam a fé e a oração da Igreja.

      Jesus, vivo e ressuscitado, que a tua presença renove e transforme a minha vida, fazendo de mim testemunhas do teu Amor.

                                               Capela da Ponte de Rio Tinto


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