quinta-feira, 2 de abril de 2009

A Importância de saber chegar a casa a horas


Mário Cordeiro, pediatra, disse na semana passada numa conferência organizada pelo
Departamento de Assuntos Sociais e Culturais da Câmara Municipal de Oeiras, que muitas birras
e até problemas mais graves poderiam ser evitados se os pais conseguissem largar tudo
quando chegam a casa para se dedicarem inteiramente aos seus filhos durante dez minutos.
Ao fim do dia os filhos têm tantas saudades dos pais e têm uma expectativa tão grande em
relação ao momento da sua chegada a casa que bastava chegar, largar a pasta e o telemóvel e
ficar exclusivamente disponível para eles, para os saciar. Passados dez minutos eles próprios
deixam os pais naturalmente e voltam para as suas brincadeiras. Estes dez minutos de atenção
exclusiva servem para os tranquilizar, para eles sentirem que os pais também morrem de
saudades deles e que são uma prioridade absoluta na sua vida. Claro que os dez minutos
podem ser estendidos ou até encurtados conforme as circunstâncias do momento ou de cada
dia. A ideia é que haja um tempo suficiente e de grande qualidade para estar com os filhos e
dedicar-lhes toda a atenção.
Por incrível que pareça, esta atitude de largar tudo e desligar o telemóvel tem efeitos imediatos
e facilmente verificáveis no dia-a-dia.
Todos os pais sabem por experiência própria que o cansaço do fim de dia, os nervos e stress
acumulados e ainda a falta de atenção ou disponibilidade para estar com os filhos, dão origem
a uma espiral negativa de sentimentos, impaciências e birras.
Por outras palavras, uma criança que espera pelos pais o dia inteiro e, quando os vê chegar,
não os sente disponíveis para ela, acaba fatalmente por chamar a sua atenção da pior forma.
Por tudo isto e pelo que fica dito no início sobre a importância fundamental que os pais-homem
têm no desenvolvimento dos seus filhos, é bom não perder de vista os timings e perceber que
está nas nossas mãos fazer o tempo correr a nosso favor.
in Boletim de Julho da Acreditar

1 comentário:

  1. Encontrei este texto na net, e embora não seja um comentário pessoal julgo que fará muitos pais reflectir, tal como me fez a mim...

    O aumento da violência na escola e da violência juvenil em geral tem surpreendido muita gente. Contudo, há décadas que a Polícia de Houston supostamente distribuiu um folheto com as “Regras básicas para criar um filho delinquente” que são, mais ou menos, as seguintes:

    1. Não deixe o seu filho fazer nada. Pelo contrário, arrumem as roupas, os sapatos e tudo o que ele atirar para o chão. Assim ele cresce a pensar nos outros como seus criados, a não trabalhar e a atirar para os outros todas as suas responsabilidades.
    2. Comece na infância a dar ao seu filho tudo que ele quiser, incluindo roupas, comida e bebidas. Assim, quando crescer, ele acreditará que o Mundo tem obrigação de satisfazer todos os seus caprichos. Por que ele terá que passar pelas mesmas dificuldades que você passou? Deixe-o ser feliz enquanto é jovem.
    3. Quando ele disser palavrões, ache graça. Isso o fará considerar-se espirituoso e refinar em linguagem ordinária.
    4. Evite recriminá-lo, para que não desenvolva um complexo de culpa.
    5. Discuta com frequência na presença dele. Assim nem ficará surpreendido quando o divórcio chegar, nem ficará com respeito aos pais, porque, afinal de contas, os próprios pais não se respeitavam um ao outro.
    6. Em ocasiões onde ele estiver reunido com amiguinhos ou com seus irmãos use e abuse das comparações que incitem disputa. Compare o carácter, a inteligência, etc. Assim ele aprenderá a discriminar os outros em função de tudo (roupa, telemóveis, raça).
    7. Defendam sempre o vosso filho. Dos seus amigos, vizinhos, professores e polícia. É tudo gente desprezível que apenas pretende embirrar com ele.
    8. Nunca lhe dê qualquer orientação religiosa nem princípios morais. Espere até que ele chegue aos 18 anos e “decida por si mesmo”.

    Infelizmente, a geração actual é uma geração criada sem fazer nada em casa, sem dar valor ao trabalho (ponto 1), na abundância dos bens materiais (ponto 2), sendo criada por famílias complicadas (ponto 5), na ausência do respeito pela autoridade (ponto 7) e de valores morais (pontos 3 e 8 ).
    Podemos até, sem receio de qualquer exagero, afirmar que os pais agora não educam as crianças, mas apenas lhes dão comida e dormida. Aliás, muitos pais pensam que educar é função da escola!
    Com este panorama como pano de fundo, qual é o espanto desta geração ser bastante mais violenta e delinquente que a anterior?

    Conclusão: Os dez minutos são o minimo que podemos investir!!!!

    ResponderEliminar