peço-te perdão, se não encontraste em mim um lugar para Te acolher.
Escolheste um povo entre tantos, mas esses recusaram-Te.
Experimentaste o estar longe de casa, o exílio, a clandestinidade forçada, o anonimato e a precariedade.
Como nesses tempos, também hoje, provavelmente, eu te rejeitei.
Acolher-Te, Senhor, exige empenho:
É revisitar os meus critérios,
Dar nome aos meus idolos,
Abandonar as minhas seguranças… e seguir-Te…
Para onde… não sei.
Perdoa-me,
se eu não Te procuro para adorar,
como fizeram os Magos;
Perdoa-me,
se nem sempre Te reconheço e Te escolho;
Perdoa-me,
se nem sempre faço espaço dentro de mim
para que possas entrar e ficar comigo.
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