segunda-feira, 4 de março de 2013






Converter-se para dar fruto 


Nesta terceira etapa da caminhada para a Páscoa somos chamados a repensar a nossa existência. O tema fundamental da liturgia de hoje é a “conversão”: o Deus libertador propõe-nos a transformação em homens novos, livres da escravidão do egoísmo e do pecado, para que em nós se manifeste a vida em plenitude, a vida de Deus. 

Muitas vezes, as parábolas podem ter mais do que uma explicação. A parábola de hoje tem dois lados – como parábola de compaixão e como parábola de crise! Na primeira interpretação, Deus misericordioso e cheio de compaixão, dá ao pecador (simbolizado no texto pela figueira que não dava fruto) mais uma oportunidade. Na segunda interpretação, mexe com os acomodados e desligados entre os discípulos, que só “esgotam a terra” (v.7), ou seja, estão na comunidade como peso morto, sem contribuir com nada. Tais pessoas (nós, muitas vezes), devem converter-se para dar os frutos de uma vida dedicada a Jesus e aos irmãos.

Quaresma é um tempo oportuno para uma reflexão sobre a nossa vida cristã, como indivíduos e como participantes de uma sociedade cujas estruturas muitas vezes também não estão de acordo com a vontade de Deus. Também nos deve estimular para procurarmos os caminhos de conversão, descobrindo onde e como somos “figueiras sem frutos”, buscando o “adubo” (v. 8) da oração, da Palavra de Deus, dos sacramentos, para que voltemos a produzir os frutos devidos a verdadeiros/as discípulos/as de Jesus.


Meditando para o 3º Domingo da Quaresma do ano C





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