«Com Maria,
renovai-vos nas fontes da alegria»!
Este é o lema que nos guia
neste ano pastoral. Que alegria é esta? E onde estão as suas fontes? É a
alegria, que brota do nosso encontro com Cristo (EG 1), e que está precisamente
no início da nossa fé. Disse-o Bento XVI: “No início do ser cristão, não há uma
decisão ética ou uma grande ideia, mas o encontro com um acontecimento, com uma
Pessoa, que dá à Vida um novo horizonte e, desta forma, o rumo decisivo” (DCE,
n.º 1). É preciso, é urgente, é prioritário, ao longo deste novo ano pastoral,
proporcionar, facilitar, oferecer a todos, a experiência deste encontro com
Cristo, que gera, aumenta, alimenta e renova a nossa fé e que frutificará
sempre em verdadeira alegria!
“Aumentar a nossa
fé” implica, antes de mais, unir-se e
reunir-se, aprender a viver em família, em grupo, em comunidade. A nossa fé não
cresce sozinha, isolada, ou em laboratório, mas cresce com a fé dos outros,
ganha força na sua união à multidão dos irmãos e irmãs, que percorrem juntos o
mesmo caminho e entram na mesma corrente de graça. Este encontro de irmãos, que
partilham e celebram a mesma fé, é fonte de alegria: “Oh como é belo e
agradável ver os irmãos reunidos em harmonia” (Sal 133,1). Sem a comunidade, a
fé morre sozinha! Redescubramos o prazer de ser e de fazer parte deste Povo,
porque isso é “fonte de uma alegria superior” (EG 268). E peçamos ao Senhor, a
graça de uma comunidade renovada nas fontes da comunhão!
“Aumentar a nossa
fé” implica enraizá-la na experiência
deste encontro, que resulta da escuta da Palavra, que brota sempre da “frescura
original do Evangelho” (EG, 11), na certeza de que a Palavra é sempre fonte de
alegria (EG 5). Sem a escuta obediente da Palavra, a planta da nossa fé, morre
de sede! E a nossa vida cristã não se renova! Acorrei às fontes da catequese,
das aulas de educação moral e religiosa, da prática da lectio divina. Peçamos
ao Senhor, a graça de uma comunidade, renovada na frescura da Palavra de Deus!
“Aumentar a nossa
fé” implica alimentá-la na experiência
deste encontro, que é a Eucaristia. Ela é a fonte e o ápice de toda a vida da
Igreja e dos cristãos. É «fonte de um renovado impulso para se dar” (EG 24).
Sem Eucaristia, e sem a seiva dos sacramentos, a planta da nossa fé, perde
vigor e morre de fome. Quando se deixa de acorrer a esta fonte da Eucaristia, a
nossa vida cristã entra rapidamente em estado de coma espiritual. Acorrei às
sete fontes dos sacramentos. Peçamos ao Senhor, a graça de uma comunidade renovada
na fonte inesgotável da liturgia.
“Aumentar a nossa fé” implica invocá-la, pedi-la, rezá-la, na experiência
deste encontro pessoal com Cristo, que é a oração. Sem o ardor e o calor da
oração, a planta da nossa fé, morre de frio, de falta de afeto! E a nossa vida
cristã cai no lamento, na tristeza e no vazio. Acorrei às fontes da oração, do
rosário, da adoração ao santíssimo. Peçamos ao Senhor, a graça de uma
comunidade renovada pela alegria do encontro com Cristo, na fonte da oração.
“Aumentar a nossa fé” implica
levá-la e apegá-la aos outros, pois “uma fé que não se apega, apaga-se” (P.e
António Vieira). Sem o contágio do nosso testemunho, humilde mas audaz,
corajoso e sempre alegre, a planta da nossa fé morre asfixiada, sem luz nem
respiração, no cheiro a mofo da estufa, onde, por vergonha, escondemos este
tesouro. Conduzi os outros a Cristo, para que não morram de sede, de fome ou de
frio, ou de solidão junto das nossas fontes. Quando se dá, é que a fé se
fortalece. “Esta tarefa deve ser a fonte de maiores alegrias”. Peçamos ao
Senhor a graça de uma comunidade renovada, na alegria transbordante da missão!
Com Maria, feliz
porque acreditou, renovai-vos nas fontes da alegria!
Abc da catequese
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